quarta-feira, 4 de março de 2009

Formação em Jornalismo debatida em público

“Alunos, professores, pesquisadores, profissionais e representantes dos diversos segmentos da sociedade civil poderão participar, até o dia 30 de março, da consulta pública para a revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de jornalismo.” Começa assim o release da Assessoria de Imprensa da Sesu, do Ministério da Educação para divulgar o “debate democrático” que se pretende para rever o conteúdo do curso superior de Jornalismo. Pode conferir em http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=12165

O grifo é meu porque é sobre ele que quero postar. E não se trata de corporativismo, longe disso. A prova é o convite para a Liliane dividir este espaço, aliando suas vantagens competitivas ao blog. Mas, verdade seja dita; se qualquer cidadão brasileiro pode opinar sobre quem deve ser e quais as habilidades que o profissional de Jornalismo deve ter para exercer a profissão, eu pergunto: - Será que, neste caso, a voz do povo brasileiro é a voz de Deus?

Com o índice de analfabetismo que temos, será que qualquer cidadão pode mesmo participar da consulta aberta dando sugestões sobre:

1) As competências que um profissional precisa construir ao longo de sua formação universitária em termos de conhecimento, habilidades, atitudes e valores para se tornar um jornalista ou
2) O perfil desejável que este profissional deve ter diante das transformações políticas, culturais, sociais e tecnológicas contemporâneas para exercer a profissão?

Depois da consulta, aceita pela internet, pretende-se que as entidades representativas desses segmentos da sociedade civil sejam ouvidas em audiências públicas presenciais. (Chamem os estagiários!?!)

O que eu penso é o seguinte: se a consulta é aberta, que seja o momento de a divulgarmos entre profissionais sérios, sejam de Comunicação ou outra área , e fazer campanha para que cidadãos esclarecidos possam representar estes diversos segmentos mencionados acima. Sem corporativismo, mas com discernimento, responsabilidade e, sobretudo, tanto respeito quanto o dispensado a médicos, advogados, engenheiros, arquitetos, professores etc. Então, anote: o e-mail para envio das sugestões é consulta.jornalismo@mec.gov.br. E a data, 30 de março, é cabalística, por sinal. Falei?

segunda-feira, 2 de março de 2009

A Federação Internacional dos Jornalistas e o jornalismo colaborativo


Quando Jim Boumelha, presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), esteve no Brasil para um congresso do setor no ano passado, falamos sobre um tema bastante debatido em praticamente todas as recentes palestras: como o jornalismo está encarando o presente e quais são as tendências para a profissão diante de tantas mudanças geradas com a chamada socialcast.

Segundo Boumelha, os caminhos do jornalismo estão sendo discutidos da Europa aos Estados Unidos, especialmente onde a profissão é mais popularizada em função da maior liberdade de imprensa. Em todos os lugares, o jornalismo colaborativo avança a cada dia.

Mesmo com as inúmeras pesquisas realizadas pela FIJ ainda não é possível prever todas as mudanças que as convergências vão demandar. Mas é certo que com o mundo mais organizado e globalizado, novas oportunidades abrirão e serão ainda acompanhadas de uma crescente diminuição de custos. Já não são novidades os profissionais “multitarefas”, que apuram, fotografam, editam e colocam no ar suas próprias matérias, tirando espaço de fotógrafos e revisores nos veículos de comunicação.

Para ilustrar, as pesquisas da Federação mostram que as novas modificações já vitimaram 2/3 da cobertura internacional dos noticiários americanos, sendo que alguns já cortaram ainda 60% de material nacional. Nos jornais diários, os cortes informativos chegam a 85%.

Diante dessa perspectiva, não são apenas os funcionários que estão diminuindo, há também uma diminuição em números de páginas e anúncios publicitários, levando a um baixo retorno de investimento.

Enquanto isso, na Europa...


Em Manchester, Reino Unido, mais da metade dos trabalhadores cumprem uma carga horária acima do normal. O aumento da informatização gerou uma mudança de status do funcionário, que passou a ser freelance forçado. A terceirização de redatores, assim como dos relatórios de dados financeiros, web-design e manutenção também tornou-se comum frente à modernização da mídia tradicional.
Bourmelha explica que a FIJ, com sede em mais de 100 países, tem como missão mobilizar os sindicatos por uma mídia de qualidade. “Procuramos pressionar as empresas para investir mais na profissão – com campanhas para reforçar a pluralidade. Nós sabemos que as campanhas podem ajudar em lobby ativo para incluir outras fontes”, explica.

Para ele, é necessária uma regulamentação para todos em qualquer nível de emprego e os sindicatos devem ter o interesse na reversão desta queda, pressionando empresas a investir para que profissionais se adaptem às novas realidades. Mas, no que ele aposta mesmo são nas campanhas de formação de alianças para a regulamentação das várias vertentes da profissão, incluindo aumento de salários e melhoria nas condições de trabalho. “As linhas de guerra estão claras, sabemos quem são os inimigos e as demais forças envolvidas. Para Boumelha, não existe a certeza de qual será o resultado de todo esse empenho. Ainda assim, é fato. Para se moldar o futuro do jornalismo, é necessário o engajamento de todos, sem exceção. (Colaborou Liliane Rodrigues - Foto de Nivaldo Honório da Silva)

domingo, 1 de março de 2009

Novos local, perspectivas de notícias e discussões

Olá,

Como primeiro post, quero informar que, com a criação do Mosaico Social, meu antigo blog http://prweb20.ning.com/profile/VanyLaube muda definitivamente de local, perfil e perspectiva. Porque o mundo é assim hoje; cada vez mais dinâmico _ e ao extremo.

Se aqui encontrei uma ferramenta mais amigável, rápida, mais completa e gratuita, que me permite outros vôos, é para cá que venho. E, ponto final! Isso até que, como devoradora de novas tecnologias, eu possa ter vantagens competitivas de outros fornecedores (ou "players de mercado") para mudar de ares.

Quem sabe esta mudança seja, por si só, o primeiro tema para uma discussão. Afinal, implica uma série de "consequências"... senão, digamos:
  • Deixar para trás uma legião de colegas que eu mesma arrebanhei para a outra comunidade;
  • Trazer todo um conteúdo que esteve por meses naquele espaço e que, por questão de coerência, acredito, deva fazer parte deste novo local.
  • ...
Há vários aspectos envolvidos e eles convergem na oportunidade de abrir espaço para outras ações que aquele, unicamente voltado para uma turma de PR, não permitia. Novas parcerias, novos assuntos, mais gente para ampliar as discussões - as novas perspectivas.

Este novo local tem a intenção de ter todos os temas assinalados acima, no título da coluna ou do nome do blog, postos à prova - de alguma forma. As coberturas a eventos vão continuar, questionamentos serão feitos, inclusive entrevistas, como a que será postada amanhã... aguarde!