sexta-feira, 20 de março de 2009

Web Expo Forum 2009 "ripa na chulipa"


Osmar Santos é convidado especial no último dia do evento

Participar de evento tem de tudo. Dos tradicionais "brancos", daqueles nos quais você olha a pessoa porque tem uma memória visual fantástica, mas fica horas tentando lembrar o nome dela... e nada. Ou os momentos Bridget Jones, que eu tenho de coleção e, por isso, ainda os transformo em livro dias destes, a pedidos, é mole? (Rubens, entro ou não com o caso Nelson? Por favor, não me responda, você já o fez me excomungando por e-mail, lembra-se?)

Mas tem ainda aqueles dos quais nunca mais nos esqueceremos, porque simplesmente são... inesquecíveis. Neste Web Expo Forum 2009 (www.webexpoforum.com.br) houve dois do gênero e um deles fiz questão de perpetuar. Quem é da minha geração ou ainda um pouco mais "maduro" (rs!) vai sentir uma pontinha de inveja da minha cara de pau por eu estar no lugar certo, na hora certa e por eu ter perdido totalmente a compostura e ter tietado mesmo, repetindo refrões de antigamente, abraçando o ídolo, desejando saúde, paz e felicidade e, claro, pedindo a foto. Ripa na chulipa e piiiiimba na gorduchinha! E que goooooooooooool! Está aí o resultado, ganhei meu dia!

Web Expo Forum 2009: Shakespeare, Churchill, Benjamin Franklin e Steve Jobs:

De citação em citação, em comum, a sinergia sobre a publicidade e as mídias celular e internet não serem apenas mais um nicho, mas os nichos

Quem foi conferir as novidades que a Converge Comunicações levou para o último dia dos workshops web business do Web Expo Forum 2009 (www.webexpforum.com.br) saiu do evento com muitas idéias e estratégias na cabeça e câmeras, celulares e dicas de como usar tudo isso na mão. Vai ter muita gente fazendo e “subindo” filmes para Youtube, com as dicas detalhadas que o diretor da Divisão de Comunicação Digital da S2, Rubens Meyer deu para a platéia que o prestigiou no workshop Uso de vídeo nos sites 2.0, um dos mais concorridos da manhã. De dois outros, falando de marketing para o ambiente móvel, o público leva de Marcelo Castelo, sócio da F.biz (Mobile Marketing 2.0) e depois, do diretor de planejamento Pedro Reiss (Marketing 2.0), a informação de que não é mais cabível ignorar celular e internet como mídias de relacionamento com o consumidor. Com tamanha riqueza de conteúdo, a decisão interna da dupla do blog não poderia ser outra, senão a de estender o resultado da cobertura do evento pelos próximos dias, para abordar com mais conteúdo o que foi apresentado pelos apresentadores.

Celular é mídia sim


Quase todo mundo hoje tem acesso a computador e literalmente todo consumidor tem um celular; é inegável. “Ignorar estas possibilidades de relacionamento é ficar fora do mercado, porque não se trata mais de lidar com nichos”, disse Marcelo Castelo. Não faltaram casos de sucesso para os dois representantes da F.biz provarem a tese. Campanha envolvendo envio de aplicativo por Bluetooth, SMS para o qual o cliente liga para um 0800, baixa um jogo que transforma seu celular num joystick e, ao brincar, conseguir pontos e descontos em compras de produtos em supermercados, o uso do código 2D e sua evolução para o 3D, as campanhas de fidelização envolvendo mais de uma marca etc.. Todos eles e outros estão à disposição em www.mobilepedia.com.br, site, aliás, pela empresa administrado e à disposição para compartilhamento de experiências.

Castelo, o sócio, foi futurista, ao preconizar o fim do teclado como tendência e o rápido aumento dos aplicativos para aumentar o uso das ferramentas touch screen, seja do i-Phone como das demais fornecedoras de celulares, que estão se mobilizando para atender a esta nova era sem volta e que brevemente será migrada para as Tevês também. "Apesar de não ser do interesse das mídias tradicionais que os celulares e a internet apareçam como veículo de fidelização e de mídia interna, externa ou de publicidade e vendas, temos métricas cada vez mais consistentes de que estas mídias já são significativas", mostrou.

Se até as Casas Bahia – um dos maiores anunciantes de Tevê – aderiram à internet, conforme saiu recentemente na mídia e foi, inclusive um dos casos apresentados no workshop, é sinal de que, pelo menos, os ovos estão sendo postos em cestas mais diversificadas... sinal dos novos tempos!

Dicas práticas para o sucesso em mobile marketing

Didático, Pedro Reiss entregou mais o jogo e como ajudar a convencer o empresariado a entrar nele:

• Estamos vivendo o fim da era do awareness para entrar na era do engagement
• Parafraseando Shakespeare, o empresariado deve ouvir mais seu público, ao invés de falar mais.
• Usando as palavras de Winston Churchill, ainda que a estratégia seja linda, de vez em quando vale a pena dar uma olhada nos resultados. E, neste caso, vale mais a pena errar barato – usando ferramentas baratas e que sejam rápida e facilmente trocadas do que gastar tubos para perceber o erro depois.
• E, como Steve Jobs, não usar o design apenas porque é bonito, mas porque terá usabilidade.
• Para finalizar, Benjamin Franklin: tudo em seu lugar e um lugar para tudo, ou seja, menos na home page, mas que esta tenha muitos links para todo e qualquer tipo de acessibilidade.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Web Expo Forum 2009: Paulo Henrique Amorim diz que imprensa escrita está com os dias contados



Consagrado por seus trabalhos em tevê e há algum tempo atuando na internet, o blogueiro Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada (http://conversafiadaorfanato.blogspot.com) roubou a cena no painel Web 2.0 Transformando o negócio da comunicação – que abriu os trabalhos do Web Expo Forum 2009 (www.webexpoforum.com.br) no dia 18 de março, em São Paulo. Apesar de o tema focar as estratégias dos portais em gerar receitas com conteúdo, jornalismo cidadão, blogs, etc., Amorim foi mais a fundo. Para ele, é hora de nos preocuparmos com o meio ambiente e, por isso, “o jornalismo impresso está com os dias contados”.

Amorim, que mantém seu portal com investimentos e informações próprios, disse que os furos de reportagem correspondem a 10% de seu conteúdo; os demais 90% são compostos por opiniões - dele e dos internautas. Em resumo, qualquer renda vinda deste tipo de mídia ainda não é suficiente para bancar a própria mídia. Para ele, somente a publicidade pode manter um espaço jornalístico independente no ar.

Gil Torquato, diretor corporativo e de Relações Institucionais de UOL, não entrou neste mérito. Preferindo comparar o mundo com o qual cresceu, cheio de rigidez e censura, e o que os jovens têm hoje à mão, com ferramentas gratuitas e todo um mundo digital sem censura alguma, “seja para o bem ou para o mal”, a ser explorado, trouxe cases de sucesso do Uol – que claramente geram receitas.

Quando foi a vez da professora, escritora e consultora em mídia social Pollyana Ferrari falar, a mudança do profissional do jornalismo e como ele deve entender essa nova rede foi abordada. Pesquisadora do Ministério da Educação e Cultura e, no momento, integrante do grupo que cria diretrizes para o novo Curso Superior de Jornalismo, Pollyana destacou a crítica dos internautas, muitos deles estudantes ainda, inseridos em diversas plataformas de mídia social, escrevendo e opinando o tempo todo. Segundo a consultora, é preciso que o Governo comece a se preocupar com essa nova tendência, representante de uma possibilidade de interagir com o eleitor de forma mais direta.

Por fim, Renata de Freitas, diretora de Informação da Agência Estado, falou da experiência de se ter na Redação duas gerações de profissionais: uma recém-formada, que já inicia com a utilização de diversas plataformas, e uma veterana, que está mudando o seu conceito de fazer o jornalismo tradicional agora. A percepção é a de que existe espaço para todos, contanto que haja predisposição ao novo. No debate, um consenso: de que é necessário saber atrair cada vez mais internautas para tentar manter um site ou blog por meio de propagandas, e que o jornalismo cidadão deva ser cada vez mais explorado, sem perder o foco da informação precisa e de qualidade. (Reportagem de Liliane Rodrigues, foto - divulgação)

Consulta pública sobre o Curso Superior de Jornalismo - a minha vez


Eu já enviei minha participação ao e-mail que o MEC colocou à disposição da população - até o dia 30 de março, para opinar sobre perfil e as habilidades que um jornalista deve ter para rever a grade do Curso Superior de Jornalismo. E você?

Pode não dar em nada, mas, pelo menos, a consciência do dever cumprido estará em paz. Pura sobrevivência profissional, porque eu não fiz Jornalismo por "falta de opção" - eu fiz oito meses de Química na Federal do Rio e larguei por opção ao Jornalismo e não quero ver esse diploma ir para o ralo - por mais problemas que possamos enfrentar. As tecnologias - que venham - a gente aprende - mas perder o diploma por falta de mobilização INDIVIDUAL, de cada um, não. Por isso também o blog.

Segue minha opinião – aberta a críticas, elogios, mas, sobretudo, para mostrar que eu divulgo, até cobro, mas eu também me exponho. Podemos ter jornalistas-cidadãos atuando lado a lado, como nossas avós podem continuar receitando chá de boldo para dor de fígado de vez em quando - e isso não acabará com médicos - o buraco é bem mais em outro lugar.

Pode até ser que este esforço seja em vão e voltemos a ter o Pasquim renascendo das cinzas - quem sabe - fazendo renascer a imprensa independente, já que cada vez mais temos a impressão de ler a mesma coisa em todos os lugares?

O e-mail é uma ação individual. Acredito na mudança que as novas tecnologias estão trazendo, sim. Por isso este esforço. Poliana? Voltaire? Se o ser humano não tivesse a esperança de um mundo melhor, não faria filhos nem investiria em situações de crise para encontrar soluções. Então, aqui vai, de novo – e não pela última vez: consulta.jornalismo@mec.gov.br

Num país que ainda tem graves deficiências educacionais, somente jornalistas com formação superior podem ter condições de exercer a profissão com base intelectual necessária mediar seus cidadãos e fazer os corretos questionamentos, com pluralidade e ética, entregando matérias com qualidade e o mínimo de isenção que se pretende numa sociedade que se apresenta como moderna e democrática.

É na Faculdade que se aprende um universo de conhecimentos que vai além de simples técnicas de escrever bem. Aprende-se a Antropologia, Sociologia, Psicologia da Comunicação, Semiótica, cadeiras generalistas e específicas da área – e aprende-se, sobretudo a pensar e a discutir os vários aspectos da Ética – ao longo da História da Humanidade – por meio da Pesquisa Acadêmica e sob a ótica de grandes pensadores da História.

Como médicos, engenheiros, arquitetos, advogados e tantos outros profissionais, que, para exercerem suas atividades precisam do conhecimento acadêmico, os jornalistas também necessitam desta experiência. Assim é como penso que deva ser o Jornalismo - no mundo e no Brasil, e, no caso do Brasil, inclusive, para ajudar, com seu trabalho, a diminuir o índice de analfabetismo, entre outros absurdos vigentes em pleno século XXI.

Perfil
O perfil do jornalista deve contemplar a curiosidade como fonte do saber, um caráter questionador não apenas para argumentar, mas, sobretudo, para encontrar todas as respostas cabíveis a uma situação que lhe será cobrada numa história a mais completa possível, abrangente em termos de fontes, sem a menor chance de erros ou brechas que permitam deslizes de qualquer espécie.

Um jornalista também deve ser um leitor voraz, e não apenas de um só tipo de mídia. Generalista, deve ser capaz de saber discorrer minimamente sobre vários assuntos. Mais do que isso, à medida que vai se especializando, deve se tornar capaz de absorver as várias leituras (ou entendimentos) sob um mesmo assunto, podendo avaliar as suas diferenças semânticas, retóricas e políticas.

Idem no que concerne aos tipos de tecnologia ao seu dispor, o jornalista deve se aperfeiçoar sempre, buscando interagir com as novidades. Se a Universidade não tem como dispor, dentro dela, de aparatos que permitem acompanhar essa evolução, deve ter no estágio este acompanhamento monitorado, permitindo a integração entre o campus – local de absorção acadêmica e de pesquisa, e a prática exercida dentro das Redações e outras esferas de atuação jornalística.

Falar línguas deve ser uma prerrogativa de todo o profissional, não importa de que área seja. Se o português deve ser mister para este profissional, o Inglês deve ser a segunda língua do jornalista mundial e, no caso do jornalista brasileiro, dentro do contexto que o País exerce no continente sul-americano, eu indicaria o Espanhol como sendo uma terceira língua necessária dentro da formação do jornalista pluralista em sua formação.

Para se falar em Formação Superior, além das cadeiras de Antropologia, Sociologia, Psicologia da Comunicação, Ética e as de técnica jornalística, todas consagradas de nossos cursos, eu incluiria ainda as mídias sociais e sua evolução, alguma cadeira advocatícia que possa tornar claro ao jornalista seu papel social e a responsabilidade que irá exercer lá fora ao escrever suas matérias, ao como desempenhar este papel em prol de uma sociedade democrática que irá cobrar por esta mediação a ele concedida e, por fim, cadeiras de empreendedorismo, vendas, como montar e manter um negócio. Afinal, como atualmente já se pratica o “Pjotismo”, eu acredito que devamos aproveitar esse estrabismo trabalhista criado pelo empresariado, seja dos meios de comunicação ou das empresas de Comunicação Empresarial, para ensinar os jornalistas a serem mais bem preparados neste segmento também. Quem sabe eles sejam empreendedores de si próprios, assumindo para si sua primeira e mais importante tarefa – de exercer sua atividade de trabalho como própria e independente - realmente? Vany Laubé, Jornalista - MTb - 15.594/RJ

Mosaico social agora no Twitter

O Mosaico Social está no Twitter. O tema, que está "bombando" esta semana - é matéria de capa da edição da revista Época, e foi abordado pelo jornalista da Veja Rafael Sbarai, no workshop A Integração do Twitter com outras plataformas, durante o Web Expo Forum 2009 (www.webexpoforum.com.br) que acontece em São Paulo até amanhã - levou-nos a criar nossa própria entrada nesta plataforma desenvolvida pelo Google.

Quem acessar http://twitter.com/mosaicosocial vai poder microblogar – isso mesmo, mais um termo para você começar a usar, porque não existia e vai integrar o dia a dia (agora sem o hífen) da gente.
Ainda sem uma definição concluída, o Twitter é a mídia social que mais cresce hoje em dia, com cerca de sete mil novos usuários por dia. Grande parte desses usuários é composta por jornalistas, que utilizam a ferramenta para pegar dicas sobre assuntos diversos – daí o termo microblogar. Na verdade, o espaço para se escrever alguma coisa é muito menor. É, mesmo para dar uma “palha”, seja de um computador comum ou qualquer dispositivo móvel, para fazer a informação circular de forma muito rápida e mais abrangente.

Se a ideia da criação deste blog era o de discutir e aprender as novas mídias e tecnologias, entre outros assuntos, ou seja, entrar na chuva para se molhar, estamos nos encharcando destas novidades, e o Web Expo Forum não poderia ser oportunidade mais completa par isso. Ainda virão outras novidades. Aguarde.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Mídias sociais: até tu, Henfil?


Recebi esta tirinha na semana passada e ela me chamou a atenção por dois motivos. O primeiro, pela questão que certamente deve tirar o sono de quem acaba de implantar a mudança ortográfica e tem que lidar diariamente com quase uma nova linguagem criada com as mídias sociais. Mas, na verdade, ao lê-la, tive uma sensação deja-vú e inevitavelmente me remeti aos inesquecíveis traços do irmão de Betinho; já tinha lido algo na mesma linha e há algum tempo.

Precisava conferir diretamente com a fonte e, justamente porque a internet e as novas mídias permitem essa facilidade de acesso, em poucos segundos encontrei os dados do Orlandeli. Dias depois, por e-mail, ele rasgada e sinceramente confirmou a influência em tom de homenagem:

“A semelhança com o trabalho do Henfil é inevitável mesmo. O jeito do Henfil desenhar os personagens, suas expressões, movimentos... me influenciou pra caramba. No começo era até mais descarado, meu traço tinha muito daquela coisa solta, linhas abertas... super característico do Henfil. Com o tempo desenvolvi uma identidade própria, mas ainda hoje se nota que bebi, e ainda bebo, da fonte do pai da Graúna”.

O trabalho dele é riquíssimo e por isso vale a pena conferir até para conhecê-lo melhor. Seguem site e blog do ilustrador e cartunista. Talento com influência, mas identidade própria. Orlandeli, herdeiro nato do Henfil, como se diz hoje, tudo de bom! www.orlandeli.com.br; www.blogdoorlandeli.zip.net

Sobre a revisão ortográfica e as novas mídias? Vamos falar em outro post, claro! Mas, fica aberta a discussão, entre com sua contribuição.

terça-feira, 17 de março de 2009

Sucesso da publicidade na internet é diretamente proporcional ao conhecimento da empresa sobre mídias sociais


Falar de Marketing Interativo no ambiente web caracterizado pela conexão rápida e cada vez mais colaborativa é avisar ao empresário interessado neste meio que ele deve estar de mente totalmene aberta, se está realmente disposto ganhar o consumidor que nele trafega. Isso porque trata-se de um novo tipo de consumidor; antenado, plugado, twittado, mobilizado, entre outros adjetivos ligados a tecnologias cada vez mais baratas e disponíveis. Coube a Márcio Chleba, da agência de mesmo nome, a fazê-lo, durante o congresso do Web Expo Forum (www.webexpoforum.com.br), que acontece de hoje, 17 de março até 5a. feira, 19, no Centro de Convenções Frei Caneca. O evento, é realizado pela Converge Comunicações e pela Revista TI Inside e está sendo acompanhado, a convite, pelo Mosaico Social.

Ele explicou que, no quesito publicidade e propaganda, a internet substituiu os antigos campeões de audiência - as mídias impressas e as Tevês. Com isso, sites e portais tiveram que se tornar mais e mais atraentes, tomando conta dos primeiros lugares na preferência dos consumidores em termos de mídia. Hot-sites com músicas, interatividade, concursos e jogos são alguns dos elementos existentes em sites de empresas que vendem por internet.

E, numa bola de neve, mais e mais consumidores procuram serviços online e podem encontrar diversos tipos de propagandas, razão pela qual não se avalia mais o tipo de perfil de consumidor, mas o tipo de interação que se vai ter com ele – ou nichos de consumidores de um mesmo produto. Isso implica pensar em produto, mas ainda mais no tipo de conteúdo que se vai trabalhar aquele produto. Chleba mostrou novas tendências de conceitos de publicidade que a internet deve incluir, como extensão da estratégia global da empresa para aquele produto:

Funcionalidade: o site deverá ter uma abordagem adequada;
Usabilidade: será projetada e realizada por toda a área de arquitetura da computação. É preciso que a área de Marketing esteja totalmente envolvida para que haja a validação do trabalho realizado pela de Informática;
Desempenho: o sistema deverá suprir o que será oferecido, inclusive com a sua manutenção e disponibilidade de números de acessos.
Definir estratégicas que possam ir além do conhecimento do cliente, para que este seja surpreendido com o resultado final é sempre um plus que agrega e quanto mais conhecimento a agência detiver sobre as mídias sociais, mais bem sucedida será sua campanha.


O perfil deste consumidor pode ser definido como: pessoas que lêem muito e comentam entre si sobre um produto, interagem. Com isso, a divulgação se intensifica independentemente do próprio dono da marca e a uma velocidade da informação que torna incontrolável o processo. Uma coisa é certa – quem ficar de fora, perderá o poder sobre sua marca e quando resolver pensar no que fazer, pode ser tarde demais. (Reportagem de Liliane Rodrigues, texto de Vany Laubé)

Inovação digital faz humanidade se tornar mais generosa

Redes sociais vão acabar com Grande Governo, tornar as hierarquias mais elásticas e humanizar as sociedades. A nova era mundial será cyber-espiritual

Escrevo diretamente da redação do Web Expo Forum 2009 (www.webexpoforum.com.br), aqui no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, depois de uma manhã extremamente bem aproveitada. Incrível a quantidade de novidades trocadas aqui e a qualidade dos apresentadores aglutinados num só espaço. Pela primeira palestra do Congresso, cuja expectativa de público para os três dias, segundo me disse o diretor da Converge, Claudiney Santos é de 500 pessoas, deu para se ter uma idéia do que serão os próximos dois dias e meio.

Resumindo, num estudo de futurologia fantástico feito pelos convidados Cezar Taurion, Martha Gabriel, Ricardo Cavallini e Gil Giardelli, estamos presenciando o fim da era Big Brother. Com as hierarquias tornando-se mais elásticas a partir das novas mídias, a humanidade começa a olhar para si de forma mais...humana mesmo. Passadas as eras Agrícola, Industrial, Tecnológica, passamos a Cyber-Espiritual, com uma estatística incrível – um computador vendido a cada três segundos.

Mas, ao contrário de isso significar um individualismo ainda maior, pelo contrário, este movimento começa, segundo as apresentações feitas, a delinear um mundo mais generoso, com iniciativas que envolvam simplicidade, atitude, comprometimento com as comunidades e conteúdo colaborativo baseado em uso de tecnologias cada vez mais avançadas. Se a era de Barack Obama começou com o slogan Change, não se assuste se você começar a ouvir, muito em breve, o Social Change, ou o Ativismo Digital. E ele já existe, aqui e lá fora; exemplos não faltaram e foram mostrados. O mais interessante é que esta inovação não tem nada a ver com idade, mas com o senso de coletividade.

Bottom-line:
• Você é o que você partilha.
• Inovador é ser ético.
• Para ter sucesso numa rede social, você deve ser humilde, sincero e, acima de tudo, colocar conteúdo de interesse daquela comunidade com a qual você pretende se relacionar. Para isso, basta ouvi-la e entender o que ela quer. Não adianta você querer conduzir a mensagem de cima para baixo e controlá-la – mensagem chapa-branca não cola e é rapidamente desmascarada.
• O inside media acabou – o que existe agora é o outside media. E o pulo para este desenvolvimento colaborativo de novas comunicações demanda uma mudança cultural brutal porque o ser humano não está acostumado a receber críticas. E - alguém duvida? - os mais novos criticam mesmo.
• “Não podemos usar velhos mapas para descobrir novas terras” (Gil Giardelli)
• “As empresas precisam entender que se a inovação, por um lado, pode ser um tiro no pé (se isso significar acabar com um produto que estava “dando certo”),melhor isso do que a concorrência te dar um tiro no peito ou na cabeça. A mudança é ionexorável.” (Cezar Taurion)
• “Colocar banners no Orkut tem o mesmo efeito de perfumar cocô.” (Ricardo Cavallini)
• “Invistam em projetos pessoais.” (Ricardo Cavallini)

Conclusão? Quanto mais me enfronho neste assunto, menos entendo dele e mais me sinto um ser pequeno diante de tanta nova informação nova. Mas, como disse, esta foi apenas a primeira palestra do Congresso – ainda tem mais!

segunda-feira, 16 de março de 2009

WEB Expo Forum – o mosaico social estará lá


Ainda há inscrições, e vale a pena garantir presença no Web Expo Forum 2009 (www.webexpoforum.com.br). O evento é realizado pela Converge Comunicações e a Revista TI Inside. Começa amanhã, 3ª feira, dia 17, e vai até 5ª feira 19 de março. O endereço é o Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

O impacto das redes sociais e colaborativas; a Comunicação e seu conteúdo, as diferentes estratégias; o Marketing 2.0; a Mobilidade, os aplicativos de banda larga: como se fazer o Business 2.0; o Terceiro Setor; a Tecnologia – enfim, de tudo um pouco que já é realidade no novo ambiente da internet será discutido por especialistas daqui e internacionais.

Palhinha
Para dar água na boca sobre o primeiro dia – já que vamos dar notas sobre todos os dias do evento, no primeiro painel do dia 17 – Inovação Digital - Gil Giardelli (Permission), Cesar Taurion (IBM), Martha Gabriel (NMD) e o consultor Ricardo Cavallini vão mostrar como a inovação digital está transformando os negócios e sociedade. Ainda que possam parecer estranhos a vários leitores, temas como websemântica, empreendedorismo digital, microtrends, etnografia digital, multiplataformas digitais, cenário e as novas fronteiras digitais serão debatidos.

Marketing
Na sequência, o marketeiro da web Marcio Chleba vai discorrer sobre a importância de se ter um pensamento estratégico de Marketing para a Internet eficiente e consistente com a estratégia global da empresa, porque o consumidor conectado já desenvolveu uma nova lógica de pensamento que influência seu comportamento e o processo de decisão de compra. E é inegável que as redes sociais estão adquirindo um papel importante na construção da imagem corporativa.

Tecnologia
A empresa AG2 vai provar que tecnologia não é mais a barreira para a relação visceral e cada vez mais íntima homem-máquina. Com o design de interação vem ultrapassando os limites de nossa imaginação no ambiente web, eles vão falar de multi-touch, surface, realidade aumentada, interação com webcam e como melhorar a relação dos usuários com as marcas através da Hiperfaces.

Informações adicionais:
Daniela Diniz (daniela@convergecom.com.br)
DDG: 0800 014 5022 - Tel: (+5511) 3138.4616.
Conteúdo completo em http://www.webexpoforum.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=53&template=wefi2009

Porque eu defendo o diploma


A partir de hoje, o mosaico social vai abrir espaço para alguns defensores da causa pró-diploma explicarem, em poucas palavras, porque vale a pena cuidar pela manutenção do curso superior de jornalismo e da regulamentação da profissão. Abaixo, a defesa de um colega muito especial, porque, além de professor, ele é um defensor contumaz do estágio! Multifacetado, também é poeta, escritor e gourmet de mão cheia, especialmente de churrascos. (Foto de Sonia Mele)

"Os cursos de Jornalismo são tão importantes quanto os de Medicina, Engenharia ou qualquer outro curso superior. Muitas pessoas dizem que para ser jornalista basta saber escrever, pensando que só ser alfabetizado é o suficiente. Fica a pergunta: será que quem acha isso do Jornalismo faria uma delicada cirurgia com um curandeiro ou moraria em um edifício projetado por um mestre de obras? Duvido. É na universidade que todas as áreas do conhecimento humano são sistematizadas, passando por estudos aprofundados que contribuem para o seu desenvolvimento e aprimoramento, além de formar os novos profissionais sob a ótica da ética.
As grades dos cursos de Jornalismo devem contemplar disciplinas que ofereçam uma ampla formação humanista, possibilitem o desenvolvimento do espírito crítico e habilitem os novos jornalistas a atuarem de maneira consciente em todas as mídias. Isso sem esquecer das novas tecnologias que, hoje, desempenham um papel fundamental no Jornalismo.
Já o Sindicato dos Jornalistas pode e deve se tornar no instrumento unificador da categoria, valorizando os profissionais e defendendo o nosso espaço de atuação que muitas vezes é usurpado por pessoas que muito pouco ou nada tem a ver com a profissão." Franklin Valverde

Bacharel em Comunicação Social pela PUC-SP, mestre em Língua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-americana pela USP e doutor em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, edita a revista virtual www.ondalatina.com.br , dedicada a cultura & etc. Atualmente é um dos editores do K - Jornal de Crítica, tendo já trabalhado no Jornal da Tarde, Folha da Tarde, Veja São Paulo, Brasil 2000 FM, O Estado de S. Paulo, além de ter colaborado com inúmeras publicações. Foi editor das revistas Churrasco & Churrascarias e Viva Gourmet. Como poeta, atua na área da poesia experimental, tanto visual como sonora, além de realizar poemas-objeto. Participa de exposições de poesia visual no Brasil e no exterior. Por fim, foi professor e coordenador do curso de Comunicação Social, habilitações em Jornalismo e Publicidade e Propaganda, da Universidade São Marcos.

Stand up e mídias sociais: divulgação direta e honesta


Páginas de vídeo, relacionamento, fotos, blogs, tudo é possível para divulgar um tipo de humor contemporâneo que nasceu e sobrevive da web: o stand up.

Todo mês, a revista Bravo promove uma série de palestras e debates sobre temas publicados em sua edição corrente. Na última quinta-feira, dia 12 de março, na FNAC, em São Paulo, os convidados foram os comediantes do estilo stand up (comédia limpa, sem cenário) para discutir seus trabalhos. Dois deles já são bem conhecidos pelo público televisivo e ainda mais pelos internautas: Oscar Filho e Rafael Cortez. Além do seu trabalho como repórteres do programa de televisão CQC exibido pela emissora Band, participam ativamente desta categoria teatral “nas horas vagas”.

Divulgação só via web


A comédia stand up é um dos temas mais procurados no Youtube brasileiro e ganhou total notoriedade com esta forma midiática. “O nosso grupo teatral Clube da Comédia praticamente nasceu com o Youtube. Isso abriu uma janela grande para o nosso trabalho e é a tendência para todos os grupos do gênero”, afirma Oscar Filho, um dos pioneiros neste tipo de divulgação, que é categórico: “Eu não utilizo a televisão para divulgar stand up”. “A internet tem um custo-benefício perfeito: não é preciso gastar com publicidade e a visibilidade é notória”.

Pouco tempo após postar seus vídeos na web, Oscar logo tornou-se reconhecido nas ruas por muitas pessoas. Antes da existência do Youtube, o grupo divulgava seus trabalhos com CD. “A grande vantagem da web é fazer tudo do jeito que você quer.” Na opinião de Rafael Cortez, que atua na comédia stand up desde janeiro, o meio internet é mais honesto. “Se eu divulgar na TV que estarei em determinado bar fazendo o show, todos estarão lá... Mas não é bem assim. Por isso eu divulgo via internet. Tenho a impressão que a web é uma escolha mais certeira. Ela é mais honesta.” Com isso, Cortez tenta fazer suas divulgações desta forma, tanto pessoal quanto profissional. “No caso do meu blog, eu tenho recebido muitas críticas por estar sendo muito auto-referente. Essas pessoas estão certas porque era pra ser um espaço para textos jornalísticos, apontamentos críticos, entre outros.”

Outro artista que também utiliza as novas mídias para divulgar o seu trabalho é Rafinha Bastos. Ele também integra a trupe do programa da Band e é muito envolvido com o socialcast, já que, mesmo com Orkut, blog e Youtube, utiliza o Twitter para divulgar suas peças e até colocar fotos do seu cotidiano e das suas peças. O resultado não poderia ser melhor: seu perfil no Twitter possui mais de oito mil seguidores. (Por Liliane Rodrigues. Foto de Taís Kerche).