sábado, 2 de maio de 2009

Oficina de twitter para uso corporativo acontece nesta 4a. feira




O Mosaico Social já havia divulgado, mas nunca é tarde para lembrar os que deixam as inscrições para a última hora. É nesta 4ª. feira, dia 6 de maio, das 9h às 13h, que a revista Bites realiza, no Centro Britânico Brasileiro, em São Paulo, sua oficina prática de como utilizar corporativamente o serviço de mensagens de até 140 caracteres que está viciando pessoas e empresas no mundo todo.

Para quem ainda não se inscreveu, é bom correr, porque as vagas estão terminando. “Trata-se de uma oportunidade rara para discutir com especialistas da área e de outras companhias o uso do serviço que está revolucionando a forma como as pessoas se comunicam”, explica o responsável pela iniciativa, Manoel Fernandes. O publisher da publicação realiza de tempos em tempos eventos para grupos específicos sobre as ferramentas das mídias sociais. Mas esta é a primeira vez que ele vai falar exclusivamente sobre twitter corporativo.

Além das técnicas do uso da ferramenta que traz o passarinho azul e a baleia como ícones, a oficina permitirá aos participantes criar seus perfis de usuários e conhecer cases de empresas que já piam mundo afora, depois de ouvirem o evangelista da Microsoft, Rene de Paula contar como ele utiliza o twitter em seu dia a dia corporativo.

O horário do evento é das 9h às 13hs e o Centro Britânico Brasileiro fica na Rua Ferreira de Araújo — 741, em Pinheiros — São Paulo. O investimento é de R$ 250. Mais informações via e-mail oficina@bites.com.br ou pelo telefone (11) 3814.5928. Para os twitteiros de plantão, a Bites também tem um perfil no twitter.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Ayrton Senna, Ground swell e "The Internet Symphony" Global Mash Up

Hoje faz 15 anos que o acidente trágico da curva de Tamburello tirou a vida do talvez único corredor de Fórmula 1 a ultrapassar os limites de ser apenas o melhor entre os melhores corredores de carro de corrida da história da humanidade. Ayrton Senna (1960-1994) não foi apenas corredor porque seu legado vai muito além disso.

Quem fez hoje uma rápida varredura pelos vídeos postados no Youtube em sua homenagem ao longo dos últimos anos não pôde deixar de se emocionar com a quantidade de comentários, vindos do mundo todo, em todas as línguas, de pessoas de todas as idades (inclusive crianças à época em que ele morreu) especialmente feitos nesta data.

A Fórmula 1 nunca mais foi a mesma depois dele; isso é incontestável. Mas, no mundo todo, o vazio deixado pelo líder nato, pelo homem de caráter que nunca desistia de seu objetivo, que não deixava de se divertir quando era o momento mas não perdia o foco quando necessário, está presente ainda hoje em cada um que teve o privilégio de vê-lo todos os domingos abrilhantando o Brasil mundo afora. Exemplo como muito poucos homens deste País, infelizmente, que devemos preservar e perpetuar entre nossos filhos, para as gerações futuras.

Ayrton Senna foi e continua sendo um exemplo de retidão e perseverança, credibilidade e liderança, mas, sobretudo, da crença na humanidade e nos valores que ele viveu e defendeu e que ainda existem dentro de cada um de nós, a despeito do desemprego, do bulliyng, do terrorismo e da guerra, da fome e da miséria, da falta de ética e compostura políticas, da loucura do trânsito e da ganância de poder etc. De coisas que coletivamente estamos cansados de ver, mas que, individualmente, por meio das mídias sociais, estamos resgatando em movimentos anárquico-tecnológicos - segundo me fez entender o livro Groundswell, de Charlene Li e Josh Bernoff, do Forrester Research. Sua conclusão do que estamos vivendo passa por isso: estamos cheios do que vimos e passamos, carentes de poder lidar com o status quo e ávidos por nos conectarmos para fazer nossa revolução contra as instituições, mas, desta vez, com o devido apoio da tecnologia como "instrumento bélico" e tendo o ambiente virtual como economicamente propício para desenvolver nossas ações...

Por tudo isso, e para homenagear Ayrton Senna, uma pessoa global, um representante da humanidade mais do que do Brasil apenas, escolhi este filme, que tem tudo a ver com o que acredito que as novas mídias possam fazer pelo mundo - a mensagem de otimismo e de fé que Ayrton Senna sempre passou e que se ele ainda estivesse aqui, certamente, estaria twittando, blogando e multiplicando, provando que podemos fazer um mundo melhor com as nossas habilidades e tecnologias que criamos. Trata-se apenas de focá-las para seu uso com responsabilidade, dignidade, respeito ao direito público e privado onde cada um deve ficar, e, aproveitando o fim da Lei de Imprensa no Brasil, decretado ontem, pelo Supremo Tribunal Federal, com liberdade e direito de expressão.

domingo, 26 de abril de 2009

De jornalista a "personal nerd" e o caso do blog que já decretou o fim do jornalismo



As novidades que as mídias sociais trazem na esteira do que vem, como uma tsunami, varrendo com a velocidade de um twister, são arrebatadoras.

Amanhã, às 13h30, pouco mais de um mês depois do lançamento do blog e do microblog, o Mosaico Social vira Boletim na Rádio Mega Brasil Online. Apresentado todas as segundas-feiras, às 13h30, terá reprise às terças (18h30) e às quartas-feiras (21h30). O modelo adotado para a rádio é o das dicas, resgatando a idéia já usada em 2003, quando, ainda na web 1.0, a coluna Por dentro do primeiro website da marca que eu usava, a VLCE - Vany Laubé Comunicação Empresarial - buscava dar, também uma vez por semana, uma palha sobre Comunicação Empresarial. O que muda é o conteúdo e - obviamente - a velocidade do ambiente.

À medida que vamos estudando novas ferramentas e como implementá-las no mundo corporativo, idéias vão sendo compartilhadas com os colegas, para que eles possam também fazer uso o mais rapidamente possível delas. Trocando em miúdos, o boletim Mosaico Social será uma espécie de personal nerd, conforme uma definição criada pelo jornalista Ricardo Freire, do guia do Estado de S. Paulo, em seu artigo da última sexta-feira. Segundo sua definição, aquele cuja utilidade é ajudar as pessoas a entender o que é e como atuar na blogosfera, twitosfera e internetosfera.

Jornalismo - na lista do que já ficou para trás

Força dos tempos, só não gosto do termo porque o nerd denota certo ar pejorativo. "Anyway" (mantendo o cacoete de mais de 20 anos!), o que eu acho realmente ruim não é a mudança do status profissional, mas é o fato de o Jornalismo já começar a figurar de forma nua e crua entre "As Nove boas coisas que a internet arruinou para sempre".

O artigo foi escrito num blog americano em março, ainda. Eu só o descobri depois que o Edney Souza twitou-o no fim de semana. Nem esperava encontrar o meu querido Jornalismo por lá, mas não posso me negar a dizer que doeu. Por mais que esta tenha sido a razão pela qual o blog foi criado. Se eu já vinha concluindo que era hora de me atualizar, que a internet estava mesmo mudando o mercado, como acontenceu quando eu me formava e o computador começava a invador as Redações, concluia em entrelinhas de estudos, acompanhando o crescente arrefecimento do mercado, a questão do diploma no Brasil, as discussões em congressos e seminários envolvendo colegas de profissão etc., e em outras situações.

Voltando às nove mudanças "inexoráveis" (com as quais eu não concordo!), numa contagem regressiva o artigo inicia o nono lugar com cantor Rick Asley, passa pela carreira de Tom Cruise, deixa na saudade aquele gostinho de juntar a turma em casa para ver o programa perferido de Tevê - no caso do Brasil, eu diria que seria algo como ver o último capítulo da novela das oito - e, finalmente, coloca o Jornalismo como sendo o segundo item da lista, tendo perdido apenas para a privacidade (esta sim, inquestionável!).

Ternos e Tailleurs x roupas de baixo

Apenas para falar sobre o tema que interessa aqui ao blog, a autora Chenda Ngak descreve o cotidiano do "casal" de jornalistas mais famoso do mundo - Louis Lane e Clark Kent - caso trabalhassem para um blog. Cada um refastelado em seu sofá, trabalhando em suas "roupas de baixo", copiando e colando artigos, longe de todo aquele glamour e perigo envolvendo o jornalismo investigativo das revistas e jornais de antigamente. Pior, refere-se ao apoio editorial como quase nulo e desnecessário, uma vez que o que se faz é "roubar o conteúdo de um blogueiro melhor". "Quanto a fotógrafos, para quê, se qualquer garoto, munido de uma câmera digital e um Photoshop pode se vangloriar de ser um profissional?", escreve.

O veredicto da moça é cruel e apesar do espaço que dou a ele, não o apoio de jeito algum. Há joio e trigo em todas as profissões e sou da linha de que em épocas como agora, há um pouco de tudo até que o mercado encontre seu momento de equilíbrio. Dizer que...

"The journalist as we know it is a dying breed and have been replaced with bloggers and aggregators. Tough cookies, we know, but sad nonetheless". (Chenda Ngak)


...é uma provocação barata. Há bogueiros ganhando dinheiro, sem dúvida. Que aprendamos com eles a como faturar diretamente com o nosso trabalho, sem demérito algum, isso sim. E sem deixarmos de ser intelectuais por isso, sem medo de ser feliz ou entrar em crise porque seremos pagos por Telefonicas ou quem quiser o trabalho de algum de nós - jornalistas ou não.

Vamos continuar estudando, discutindo, analisando, aprendendo e, sobretudo, sobrevivendo para mostrar que o bom jornalismo existe e sempre continuará existindo - e que a convivência com blogueiros pode e deve ser saudável - mas não decretará o fim de toda uma ciência (e aqui, voltaremos ao assunto diploma, porque há quem não considere o Jornalismo ciência)...