quinta-feira, 21 de maio de 2009

8a. Tela Viva Móvel - A batalha dos portais móveis


Como fabricantes de equipamentos, operadoras e portais de Internet estão se armando para criar ambientes de distribuição de aplicativos e conteúdos para telefonia celular, e quais modelos devem prevalecer na comercialização de Serviços de Valor Adicionado


No segundo grande painel “A batalha dos portais móveis”, apresentado durante o 8a Tela Viva Móvel, promovido pela Converge Comunicações, no dia 20, no Centro de Convenções Frei Caneca, o encontro entre executivos das grandes operadoras, Vivo e Oi, dos portais Uol, Terra e iG, e dos desenvolvedores de conteúdo para celular PMóvil e Takenet, girou em torno do futuro do conteúdo da internet móvel. Na esteira das discussões, como desenvolver esse material para atender aos usuários mais exigentes e sedentos por cada vez mais mobilidade.

Não há dúvida de que são altos e primordiais os investimentos para todas as mudanças que estão por vir. Fernando Carril, gerente Geral do Uol e Alexandre Fernandes, diretor de Produtos e Serviços da Vivo apresentaram diversos cases, além dos números de custos com o que está sendo desenvolvido para melhorar seus serviços. Na hora do debate com os demais convidados, o que falou mais alto foi mesmo o conteúdo a ser desenvolvido.

Sem cartas na mesa

Para Uol e Terra, este último representado pela diretora Elisa Calvo, o acesso móvel tornou-se muito significativo, tanto que os dois portais já possuem conteúdo específico para diversas marcas de celulares, inclusive patrocinados por anunciantes. A diretora não revelou números de investimento ou métricas de resultados. Afinal, o dito popular de que “o segredo é a alma do negócio” ainda vale, e muito. Ricardo Ferro, gerente de mobile do iG, o portal, disse que também investe forte no futuro, revelou ter 2 milhões de page views/mês e acredita ser um erro entre as empresas o fato de esconder esses números, porque isso certamente poderia atrair mais participação da publicidade, ainda crua no assunto. “É preciso colocar os números de audiência para o mercado para incitar investimento de publicidade. Isso também serviria de parâmetro para formalizar a métrica.”

Ao falar dos usuários apenas ao final do debate, as empresas revelaram uma preocupação com seus clientes, porém, com muitas restrições para agradá-los plenamente, como o conteúdo exclusivo. Elisa diz que o Terra, assim como o Uol, possui páginas exclusivas para celular, como é o exemplo do conteúdo dedicado a Dysney e o TV Terra. “Por exemplo, o Lost (seriado americano) entra simultaneamente na TV a cabo e no Terra Vídeo. O episódio fica aberto para download, porém, todo o conteúdo ainda é liberado apenas para iPhone.”

Marcelo Costa, diretor da Takenet, diz que o modelo iPhone acessa mais Youtube do que qualquer outro celular, mas é apenas por ter um ícone na tela de entrada. Ele diz que é preciso facilitar ao máximo a interface com o usuário, pois ele tem dificuldade em encontrar uma URL, por exemplo. A tendência é a pessoa usar o que lhe foi ofertado, isso se for realmente atrativo para ela. O executivo da Vivo fez uma revelação audaciosa. Disse ser contra qualquer tipo de livre troca de arquivos pela internet. Enfatizou que a operadora coloca seu conteúdo à disposição, mas que, ao cobrar por isso, garante uma operação mais segura para seus usuários. "Uma parte desse conteúdo, dependendo do patrocínio, é possível de ser gratuita", mencionou, citando a campanha para a cantora Mallu Magalhães.

Sobre isso o iG preferiu apenas dizer que o conteúdo não deve ser adaptado para celular, a não ser via browser, limitado a uma tela pequena. Porém, haverá um momento em que os modelos serão compatíveis. Ferro foi enfático: “A TV iG também tem conteúdo exclusivo para o celular, no caso iPhone. Mas isso se deve única e exclusivamente ao fato de a maioria das marcas de celular não permitirem abrir certos tipos de conteúdo ou porque costumam cobrar caro pra isso.” Reportagem e texto de Liliane Rodrigues

Redes sociais para celulares: uma aposta que deve ser das operadoras


O Mosaico Social esteve em mais um evento realizado pela Converge Comunicações. Desta vez, o assunto foi o 8º Tela Viva Móvel, encontro sobre conteúdos para celular e entretenimento móvel que reuniu operadoras e outros fornecedores e clientes de toda a América Latina durante ontem e hoje no Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo. Liliane Rodrigues esteve ontem por lá e foi conferir as novidades.

Na primeira delas, intitulada "A Era das Redes Sociais e os Serviços de Valor Adicionado", alguns consensos e polêmicas também: quando o assunto é modelos de negócio, por exemplo, fica claro que além da própria publicidade, novos modelos devem ser sustentados também pelas operadoras, já que elas são as principais responsáveis por integrar celular e internet. Segundo os debatedores Omarson Costa, diretor da Microsoft e Gustavo Alvim, gerente de conteúdo e aplicações da Oi, isso poderia ajudar muito pessoas que não têm condições de pagar por esses serviços. Os fabricantes também seriam envolvidos, mas de maneira mais amena.

Ambos concordam sobre a importância destas novas mídias para o ambiente móvel, uma vez que o Brasil já dispõe de 26 milhões de usuários, com crescimento cada vez maior e pessoas investindo cada vez mais tempo nestas redes. Entre os casos apresentados, Alvim, pela Oi, focou os que mais são abordados, como os que envolvem música interativa e independente, citando a conexão entre o portal para mobile, a rádio Oi Fm e os shows promovidos pela operadora.

Se para Omarson Costa, diretor da Microsoft, é preciso estabelecer uma conexão cada vez maior entre a TV, Internet e Celular, porque isso integra uma estratégia de marketing muito forte que está, inclusive fazendo o nome do Windows Mobile mudar para Windows Phone, o executivo, que também apresentou cases como o MTV Day, trabalho desenvolvido pela Microsoft, TIM, Samsung e MTV na Itália, envolvendo grupos musicais e a interatividade via celular, disse que, no Brasil, o case de sucesso mais recente é o Samsung Scrapy, direcionado ao público usuário do Messenger. E isso por uma causa muito simples. “ O Messenger representa a maior comunidade do mundo em número de usuários: 42 milhões”.

No debate, a hora da verdade

Passadas as apresentações, o painel pegou fogo quando começou o debate e o assunto levantado foi o de como levar as redes sociais ao usuários que não possuem recursos (créditos ou smartphones, por exemplo) e obter rentabilidade com isso. Fabrício Bloisi, presidente da Compera nTime, disse ter realizado estudos recentes no Japão para ter a dimensão do futuro deste tipo de serviço no mundo. Como lá, a maioria dos usuários possui contas pós-pagas e se conectam às redes sociais via celular, muitas vezes mais do que via internet comum, ele afirmou que, com esses dados e a situações do Brasil como País emergente mas ainda pobre, “é possível levar esses recursos às camadas mais populares. Para que isso ocorra, é preciso que os anunciantes analisem o perfil de cada pessoa para aplicar uma propaganda eficaz”.

Melissa Beltrão, da Yahoo Brasil, defendeu maior participação dos anunciantes para que a internet móvel possa atingir a todos e aproveitou para falar sobre o lançamento da nova página mobile, que permite ao usuário personalizar seu celular com todas as suas redes sociais prediletas, desde Flickr, Youtube, Facebook, Orkut até a integração de emails como Yahoo e Hotmail. Este projeto já existente nos Estados Unidos para celular e web, deve começar a funcionar no Brasil apenas para celular, para depois ir para a página da web. Para a executiva, o produto também é importante para chamar a atenção do usuário, tentando fazê-lo identificar-se com os serviços.

E quem paga a conta?

Uma das questões mais polêmicas deste painel foi a de como convencer a mídia a pagar o valor de propaganda: mobile marketing x mobile advertising. O diretor da Microsoft, Omarson Costa, afirmou que o cliente deve conhecer e entender o usuário, seja ele de SMS, web (browser) ou celular. “A internet possui a vantagem de ser aberta, uma experiência infindável ao navegante e isso lhe interessa muito, é um perfil bem menos complexo do que o usuário de SMS”, disse. Porém, o mesmo diretor acredita que o Twitter é uma rede de usuário de ciclo pequeno, diferente do que geralmente acontece em outras redes, como Messenger. "O ciclo de vida dentro de uma rede mobile, por ser curto, deve sempre ser modificado e melhorado em vários aspectos, como design."

A unanimidade foi alcançada quando se afirmou que toda a rede em mobile será baseada em advertising, porém, ficou claro que isso deve ser encarado como aposta. Por não ser algo que gere retorno rápido e muitas vezes nem gere retorno, é preciso ter uma receita saudável para iniciar um trabalho como esse. Para os debatedores, a América Latina é o servidor mais caro do planeta, ironicamente, uma vez que é onde se concentram os países pobres ou em desenvolvimento. Isso não só inibe usuários interessados em novas tecnologias como requer integradores fortes para investir em novos modelos para diminuir os gastos e atingir a massa. Reportagem e texto de Liliane Rodrigues

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Olha a Mariana aí, gente! Ela volta a trabalhar comigo durante o Congresso da Mega Brasil


Finalmente, apresento a Mariana Carvalho Alves. Depois de assinar as reportagens das matérias referentes ao I Encontro de Cursos de Jornalismo da Região Metropolitana de São Paulo, que ela assistiu durante os dias 15 e 16 de maio, na ECA/USP, para cobrir aqui para o blog Mosaico Social, ei-la em seus cabelos negros, olhos escuros e grandões.

Essa foto foi tirada pelo jornalista e radialista do Rio de Janeiro, Fernando Del Castilho, o único carioca entre os presentes à platéia do evento realizado pela Revista Imprensa que, no início de maio, discutiu democracia e liberdade de imprensa, em São Paulo, num evento apoiado pela FIESP, OAB/SP e Rede Globo.

Congresso da Mega Brasil

Mariana volta trabalhar comigo, desta vez lado a lado, no 12o. Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa, que a Mega Brasil vai realizar nos próximos dias 27, 28 e 29 de maio, no Centro de Convenções Rebouças, também em São Paulo. Convidada pelos sócios Marco Rossi e Edu Ribeiro, vou coordenar a equipe da cobertura do evento para o Jornal da Comunicação Corporativa. Esta responsabilidade será um desafio e tanto, mas Mariana vai me ajudar, com mais uma superequipe de jornalistas em formação. Amanhã vamos nos reunir com todo o pessoal e a coordenadora do evento, Jeniffer Cardoso, da Mega Brasil, para amarrar o esquema de cobertura. Mas, como ainda há tempo para as inscrições, as novidades referentes ao que estamos planejando serão guardadas a sete chaves até a véspera do evento. Até lá... surpresa!

I Encontro de Cursos de Jornalismo da Região Metropolitana de São Paulo: Privações não são coisa do passado



Um dos destaques do primeiro dia do I Encontro de Cursos de Jornalismo da Região Metropolitana de São Paulo foi o depoimento da repórter Bárbara Souza, do Jornal da Tarde. Em suas experiências, ela falou de privações diante das fontes e as muitas dificuldades que os profissionais já sofreram. Só que não parou por aí.

“Os repórteres ainda sofrem e continuarão sofrendo. Para se ter uma idéia, nos últimos cinco anos, os assuntos públicos vêm passando por um clima ditatorial em que fontes não se manifestam. Com isso, fica cada vez mais difícil encontrar a verdade, uma vez que a apuração jornalística baseia-se não apenas em ouvir quem denuncia, mas em buscar a versão do denunciado. Se ele não fala, compromete o diálogo e todo o processo de realização da reportagem, resultado desta busca.” Reportagem: Mariana Carvalho Alves, com texto de Vany Laubé.

terça-feira, 19 de maio de 2009

A viralização vista com olhos concretos de ser humano

Para quem não entende ainda o que é o poder da viralização das mídias sociais, eu sugiro ver esta maravilha que fizeram numa estação de trem na Antuérpia. Duzentos dançarinos foram colocados de forma a confundir os passageiros e foram, aos poucos se reunindo, num processo de viralização, para dançar, nada menos que "The sound of music", a canção tema da Noviça Rebelde - quem não se lembra dela? E que música poderia ser mais representativa deste processo senão ela própria, já que reúne as notas que formam todas as músicas?



Não há como não se deixar contaminar - literalmente - pela música, pela dança, pelo espírito de universalidade intrínseco ao processo instaurado lá, naquele instante e local, com aquela microcomunidade, localizada naquela central de trem. É contagiante, evangelizador, arrepiante, louco, emocionante, avassalador em todos os sentidos.

Integra, agrega, une, junta, não importa. Naquele momento, aquelas pessoas que nunca se encontraram, passaram a fazer parte de um momento em que elas interagiram, trocaram, somaram esforços para uma ação conjunta, social e midiática em si. Quem não tiver entendido agora, realmente, não tem como entender o ser humano em sua essência. Nem ontem, nem hoje, nem amanhã.

Seja como for, fica aqui minha homenagem, agora, ao aniversário da Declaração dos Direitos Humanos. Por um mundo melhor, com mídias sociais viralizando, mas pelo bem e para o bem (sendo Voltaire, Poliana ou apenas e simplesmente Vany, pelo Mosaico Social, por que não?)

I Encontro de Cursos de Jornalismo da Região Metropolitana de São Paulo: Um novo currículo

Se no primeiro dia do I Encontro de Cursos de Jornalismo da Região Metropolitana de São Paulo o Jornalismo foi abordado sob uma ótica mais abstrata, no segundo as questões práticas tomaram conta da agenda. A qualidade de ensino, o currículo e até a criação de um curso de técnicas de comunicação foram tratados detalhadamente.

A Associação Brasileira de Escolas de Comunicação– Abecom foi quem abriu os trabalhos com uma reunião entre diretores e coordenadores dos cursos para discutir uma nova diretriz curricular e pensar em uma mobilização para tal ato, dependendo do resultado da audiência pública do MEC, no dia 18 de maio, realizado na OAB São Paulo. Neste dia, essas diretrizes foram discutidas na presença de várias entidades e representantes da categoria, conforme matéria do Portal Comunique-se.

Alunos: sujeitos de sua própria cidadania

A esta reunião, seguiu-se uma cobrança feita pelos professores aos alunos que, dentro dos campi, devem começar a agir como em sociedade. A mensagem foi a de que eles devem tomar as rédeas do curso, e, como cidadãos, solicitar que cada faculdade apresente um currículo com mais afinidade com a sociedade local, representando seus objetivos e anseios, formando os alicerces da cidadania que cada aluno exercerá lá fora depois de formado.

Enade – sempre dá para melhorar

Daí para falar de Qualidade de Ensino foi um pulo. E o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes –Enade, que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior-Sinaes entrou na pauta do dia. A mesa defendeu a existência de sistemas de avaliação próprios na formação dos futuros jornalistas. Apesar de não ser ideal, o Enade foi defendido como instrumento de avaliação sério porque não deixa de cumprir seu papel de julgar a performance dos cursos, mas de forma geral, para a sociedade. Para o grupo, a conclusão foi a de que toda a avaliação deve servir para o crescimento do ser, e não encarada apenas como uma ação burocrática, mas sempre há espaço para ser melhorado.

Educomunicação

E, como o que é bom se deixa por último, a USP anunciou a criação de um novo curso: o de Educomunicação. Como o próprio nome diz, junta as técnicas da Comunicação com as da Educação, numa interdisciplinaridade entre as áreas, focando na formação do ser. O projeto está passando por aprovação da reitoria da USP, mas segundo os criadores, professores Odair Citelli e José Coelho Sobrinho, ambos da USP, no próximo vestibular da Fuvest, ou no máximo até o vestibular de 2011, ele já deverá estar nas opções para Graduação.

Com uma discussão estendida sobre o novo curso e seus impactos na Educação e na Comunicação, o Encontro foi finalizado com a idéia de continuar discussões em outros locais, com mais assuntos a serem agregados, mas sempre dentro de Universidades para que o vínculo entre alunos, mestres, jornalistas e o sonho de mudar os novos parâmetros do Jornalismo nunca se percam. Reportagem: Mariana Carvalho Alves, com texto de Vany Laubé

I Encontro de Cursos de Jornalismo da Região Metropolitana de São Paulo: Sinval Itacarambi Leão provoca



Ainda no primeiro dia do I Encontro de Cursos de Jornalismo da Região Metropolitana de São Paulo, realizado na ECA/USP, em São Paulo, o tema “Jornalismo e o direito de informação e opinião” foi debatido a partir de uma provocação do editor da Revista Imprensa, Sinval de Itacarambi Leão, que perguntou à platéia:

1) Qual a importância do jornalismo formal diante da oferta ilimitada de informação?
2) O que a sociedade pode esperar do jornalista?
3) Como o jornalismo ajuda na construção da cidadania?

Como respostas ele mesmo deu diversas. Mas o que realmente importa é: uma apuração correta de notícias; ter um conjunto de normas que resulte num bom processo de informação e sempre utilizar filtros para ajudar o leitor a interpretar a realidade. Tudo isso junto! “O senso crítico, a classificação e a orientação devem estar sempre presente na carreira e no caráter dos jornalistas, pois são obrigações dele como profissional”, concluiu. Quer mais objetividade jornalística? Reportagem de Mariana Carvalho Alves, com texto de Vany Laubé. Foto: Adolfo Vargas

Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos + Fim da Lei de Imprensa + questão do diploma intensificam debates sobre Jornalismo em SP




Durante os últimos dias 15 e 16 de maio, a Escola de Comunicação e Artes da USP (ECA/USP) realizou, em seu auditório, em São Paulo, seu I Encontro de Cursos de Jornalismo da Região Metropolitana de São Paulo.

O evento resultou de uma série de fatores convergentes. Um deles, a comemoração dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. As discussões sobre o papel do Jornalismo na sociedade, levantadas pelos debates sobre o diploma, motivaram também a sua realização. Por fim, o desejo de um representativo conjunto de entidades de discutir "Cidadania e a formação do Jornalista" para oferecer subsídios à organização curricular das escolas e debater sobre a necessidade do diploma para essa área profissional.

Gostaria de repetir o que o professor e mediador de um dos painéis do evento, Franklin Valverde, da Estácio-UniRadial, divulgou em seu blog ondalatina. Vale a pena ir ao blog porque ele traz em detalhes a quantidade de entidades e profissionais envolvidos neste evento. É bom para se ter uma idéia do quanto o assunto está tendo eco entre jornalistas, estudantes de Jornalismo e entidades as mais representativas da categoria, a despeito da controversa decisão tomada recentemente pelo Supremo Tribunal Federal. Afinal, se retoricamente a martelada do STF sepultou o último resquício do “lado mais obscuro da história do Brasil”, também acabou com direitos assegurados de toda uma categoria de exercer sua profissão como legítima mediadora da sociedade brasileira.
“A cidadania é um conceito e uma prática construída e conquistada diariamente. O Jornalismo é agente dessa construção na medida em que veicula ações relativas à conquista de direitos; defende as bandeiras relativas às liberdades e garantias individuais e coletivas e denuncia as formas de dominação que colocam em risco as conquistas sociais. A visão do Jornalismo como direito fundamental do cidadão se confunde com a história de lutas contra a opressão e os privilégios mantidos por castas contrárias à democracia e aos direitos humanos. Concomitante à defesa dos direitos cabe ao jornalista, consciente de suas responsabilidades, apontar os deveres e obrigações do cidadão para que o coletivo tenha justa e plena consciência da construção de uma sociedade nacional, fraterna, igualitária e plena de liberdade.” Franklin Valverde – professor Estácio-UniRadial

Os trabalhos aconteceram em várias direções, que o Mosaico Social vai tentar abordar em partes, graças à participação da estudante de Jornalismo Mariana Carvalho Alves, da Uni Rio Branco, que tive o prazer de conhecer durante o Fórum sobre Jornalismo e Democracia realizado pela Revista Imprensa, no início do mês. Ela se dispôs a cobri-lo para o blog e, por isso, merece todos os créditos pela reportagem.

Como mensagens, algumas frases de efeito que valem - neste primeiro e longo post - para uma reflexão, não somente aos estudantes, mas para todos os que exercem o jornalismo diariamente ou que querem fazê-lo, com ou sem diploma.
“Todo o jornalista é, sobretudo, um autor de seu próprio texto. E ele deve informar porque a falta de informação leva à exploração”. Paulo Cannabrava Jr.– Apijor

"Fico indignado com a falta de ação de formadores e formandos na área, já que associações entre estes são raras e grande parte do que temos hoje é apenas cópia do que se fez ao longo dos anos. É por isso que falta inovação adequada para o progresso.” José Coelho – Área de Pesquisa e Editoração da ECA/USP

“A ética e a cidadania são de fundamental importância para a profissão, e a sociedade tem o direito de receber notícias de qualidade. Cabe às entidades educadoras e os aprendizes da área trazer esse olhar crítico de volta ao Jornalismo”. Eugênio Bucci, professor de Ética, Jornalismo Online e Livro-Reportagem da ECA/USP

“Apesar da necessária dimensão política para que haja uma transparência na produção de notícias, eu questiono: será que o jornalista trata seus leitores como mercado ou como mercadoria?” Dennis de Oliveira, professor de Laboratório de Iniciação ao Jornalismo da ECA/USP

Reportagem: Mariana Carvalho Alves. Texto de Vany Laubé

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Acabo de descobrir mais uma ferramenta semântica de redes... o Ping.fm - que me permite postar de uma só vez para cinco redes diferentes. Uau! :D