segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O SOS to the world dado por um jornalista e como eu encontrei no Twitter sua "Message in a bottle"


Uma das razões do Twitter ser um poderoso concorrente no âmbito das mídias sociais reside no fato dele reconhecidamente ter uma ferramenta de busca extremamente eficaz. O Facebook se rói de inveja. Pode ter mais usuários, ter até criado uma versão lite para aumentar sua capacidade de adeptos, buscando integrar a turma do Orkut para sua plataforma, mas, não adianta. Está aquém do que mantém os sócios da plataforma do pássaro azul ser avaliado em US$ 1 bilhão e literalmente bancado, mesmo sem trazer para casa o outro ROI - o Retorno sobre O Investimento.

O Twitter se mantém na preferência porque é muito mais do que um meio de troca de mensagens, quizzes engraçadinhos ou de jogadas ao ar de sentimentos obtusos entre colegas, amigos, desconhecidos ou pseudo-intelectuais, dentre outras ações a ele atribuídas diariamente por geeks – como eu, não vou negar – que curtem a plataforma e a utilizam das mais diversas formas. Pode ser jornalismo de serviço, teaser de campanha ou diversão apenas, como recentemente admitiu o jornalista William Bonner, que em muito pouco tempo se tornou um fenômeno do espaço com suas interativas para escolher a cor da gravata com a qual ele apresentará o JN da noite.

Graças ao seu poder de ferramenta de busca, o Twitter pode pautar a mídia tradicional e criar histórias como esta, que aconteceu comigo e foi mote do podcast semanal que tenho desde Abril, com exclusividade, na Rádio Mega Brasil online, às 2as feiras (13h30), com reprises às 3ª.s (11h30) e 4as- feiras (21h30).

Redirecionamento profissional

Redirecionamento profissional? Que responsabilidade! Mas foi exatamente este o feedback que recebi de um colega uns 20 anos mais jovem que eu depois de uma ajuda dada a partir de um twitte seu, um SOS to the world, encontrado, assim, como uma "Message in a bottle".

Primeiro parêntesis: ‘cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...’

Cada um encontra na vida a sua forma de marcar sua existência. Eu achei a minha. Em parte, isso envolve certa dose de gentileza (sem modéstia alguma, de verdade!). Ora, ela tem a ver com um estender a mão a alguma pessoa – o que, não raro, é mal interpretado e me faz pagar altos preços.

O que eu sei é que eu não vejo nada demais em ajudar as pessoas e esta característica é genética, mamãe era assim, minha irmã gêmea também, acabou formando-se enfermeira – quem sabe aí não resida o fato de eu ter escolhido o Jornalismo e abandonado a Química Industrial e, nas mídias sociais, este viés de jornalista de servição, vez por outra twittando sobre que ruas evitar quando uma tempestade cai sobre São Paulo, que já me engoliu um carro, quase comigo dentro?

SOS to the world

Parêntesis à parte, – estava eu lendo sobre jornalismo no tal espaço de busca do Twitter, onde vou de vez em quando buscar outros assuntos... Era meado de Agosto, uma tarde. De repente, uma frase solta me chama particular atenção. “Alguém sabe onde encontro um bom curso de pós-graduação de jornalismo fora do Brasil?” Coincidência, justamente quando eu acabara de terminar um extenso trabalho de pesquisa a respeito disso e não mais usaria as informações colhidas em noites e mais noites em claro pulando de links em links na Europa e nos Estados Unidos?

Outro parêntesis: Nada acontece por acaso

Se existe algo no que eu realmente acredito é que religião não é necessariamente o seguir de uma relação de dogmas - mas uma energia maior que existe sobre a Humanidade – que cria uma carga positiva quando estamos atrás de alguma coisa que faz com que todo o cosmos conspire a favor. As coisas acontecem ou se fazem acontecer.

Alguém esteve à procura de uma informação e resolveu se ajudar ou tentar ver “qual era a das mídias sociais” ao jogar a esmo, “no mar da tsunami que se tornou a web 2.0” sua “message in a bottle”, parafraseando Sting e sua banda The Police, não? Ou apenas como faziam os náufragos de antigamente, sozinhos na ilha diante da imensidão do mar, a espera de um... milagre. A diferença era a de que, desta vez, fui eu quem achou a garrafa.



Louco? Bizarro? Sinistro? Esta é a maravilha da vida e o melhor da humanidade! Ou como outras pessoas pensam - Aquele Lá de Cima falando ou agindo por meio das pessoas, simplesmente e que moveu-as para a web 2.0, conforme tentaram dizer os autores do Ground Swell ao explicar a vontade das pessoas se acharem e buscarem alternativas de comunicação para resolver questões para as quais não tinham respostas.

Virtualmente, o Twitter fez o trajeto da mensagem da garrafa deste jornalista e serviu a sua causa. Do meu lado, ao deparar-me com ela, pensei apenas em colocar todo o trabalho de noites investidas em algo que não mais me serviria à disposição de alguém que pudesse torná-lo útil. Apesar de não conhecê-lo, ele não seria a única pessoa a quem eventualmente ajudaria, mas a primeira que o faria assim, via mídias sociais... por que não? E logo em seguida veio outro... mas aí é outra história. Afinal, não é essa, de alguma forma, a ação por trás das mídias sociais?
(foto: http://www.crestahouse-cornwall.co.uk/images/message-in-bottle.jpg)