terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

GoogleBuzz... ou o enigma de um triângulo nada amoroso




Das duas uma - ou a espionagem industrial anda muito bem financiada, ou a orquestração de lançamentos já faz mesmo parte do jogo destes novos tempos de concorrência.

Não sei até onde vai concorrência, parceria, novidade, anúncio, furo e a mera coincidência de fatos. Primeiro foi o pio do pássaro azul, no qual, aliás, muita gente ainda não acredita, mas que continua, forte, mostrando-se firme em seu seu propósito de se tornar uma empresa de fato, inclusive ao confraternizar com seus inúmeros desenvolvedores.

Em Janeiro, a empresa Twitter anunciou a realização de sua primeira e "The Official Twitter Developer Conference", que acontecerá em 14 e 15 abril, em São Francisco, Estados Unidos. O evento, carinhosamente chancelado de #chirp, de chamar a atenção de muita gente, parece ter mexido mesmo com os brios da concorrente Google. Nem bem Fevereiro começou e esta resolveu lançar nada menos que um quase concorrente do Twitter, por assim dizer.

O Google Buzz, na verdade, é muito mais que isso - mas numa comparação tosca, tem lá suas inegáveis semelhanças, já que permite usar um espaço dentro do Gmail para twittar.

Segundo as más línguas, o Google Buzz resulta de uma "barrigada" na qual virou a "onda" do Google Wave, produto criado no ano passado que foi malentendido pelo público. Usando o Gmail - o sucesso de público e bilheteria da empresa - para "desovar várias das facilidades criadas para a onda e novidades maneiras, Google pode agora literalmente integrar ou, usando a palavra da moda, convergir, e trazer mais gente para seus canais, além de juntar plataformas e outras maneiras de se comunicar, visual e sonoramente.

O vídeo divulgado desde ontem tem sido o grande "Buzz" entre as mídias sociais! E isso é também, inegável.



Eu gostei! Como usuária do Gmail, com quase todos os atributos que o Googlelabs coloca à disposição dentro da ferramenta, eu acho que pode ser muito melhor twittar diretamente de lá, ao invés de mantê-lo minimizado enquanto uso meu hoje querido TweetDeck . De qualquer forma, tudo dependerá de quando ele será incorporado à versão brazuca (é dito que a qualquer momento e que a nós cabe apenas aguardar, já que isso acontecerá automaticamente). O que eu me questiono mesmo, é como serão as demais interações com outros twitteiros, uma característica que, acredito, ninguém até agora conseguiu superar o TweetDeck até agora, e que propicia diálogo e até discussões em grupos no Twitter, verdadeiros jogos.

Enquanto isso, na mesma hora - parece até combinado - Facebook aparece de cara nova, como os modelos de carro fazem às vezes ao final de cada ano, apenas para valorizar-se com detalhes de parachoque, coisas sem grande importância.

Mas o que está por trás de um anúncio que tem mais cara de factoide? Na verdade, as duas empresas virar manchete no mesmo dia tem a ver com uma disputa maior, que mostra o vértice de um triângulo nada amoroso.

Além de ser a maior rede social do mundo, com 400 milhões de usuários, o Facebook registrou um aumento de acessos a sites de jornais, revistas e portais, via links postados entre seus usuários de três vezes no ano passado, enquanto no Googlenews este número teria permanecido o mesmo. A indicação entre amigos parece estar tendo um efeito mais forte do que apenas a busca isolada. É aí que entra o Twitter - que valoriza, desde o início a "amizade" entre comunidades e apostando nas listas de afinidades, ratifica as indicações por nichos.

Não é nada, não é nada... pode até não ser nada mesmo - mas se você não pode com ele, alie-se e faça não a conversão, mas a convergência. De uma coisa é certa - no final, quem ganha é o usuário! (foto: martinshelio.files.wordpress.com/2009/05/1999...)

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi. O twitter não permite que eu envie MD para vc alegando q vc não me segue... Já havia visto seu post antes de sua msg, sim... aliás, parabéns pelo blog. ;D clarcen