quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O futuro do jornalismo impresso: que coisa mais crazy!

Senão, por que os repórteres do canadense The Globe and Mail cantariam os males da mídia impressa, como estes aqui, tendo como melodia a música "Crazy', de Gnarls Barkley?

A letra é do jornalista Siri Agrell. O acesso ao material veio por meio de um tweet do jornalista Rosental Calmon Alves, diretor do Kgnight Center of America - no qual ele dizia ter visto jornalistas chorarem por perder suas posições, mas nunca cantarem as agruras pela crise do jornalismo impresso.

O jornal - por motivos que realmente eu desconheço, não liberou mais que o link para que pudéssemos ter acesso ao conteúdo da música, realmente muito bem bolada. Mas, fica a crítica, claro! Com o crédito, minha leitura é a de que os meus "coleguinhas", deveriam ter liberado o código para que os interessados como eu (e imagino vários outros), pudéssemos anexar o próprio vídeo aqui, para um único clic. É como "funciona" a Web 2.0, que está controlando tudo, sim. E, quem quer usá-la, deve saber como fazê-lo.

Se o YouTube libera o código conhecido como e todo mundo que posta um vídeo aqui, cá e acolá, por que não o The Globe and Mail? Medo de perder o direito autoral, se seus próprios repórteres usaram a melodia de outro músico, ao criar um novo conteúdo sobre o original? Pagaram eles os royalties ao primeiro? Bem, aqui está o link para quem quiser ouvir e ler a letra da música dos repórteres temerosos quanto ao futuro do jornalismo impresso! Mesmo sendo um link, vale a pena!



http://www.theglobeandmail.com/video/singing-about-newspaper-woes/article1433246/

E, para provocar, mantém-se a pergunta sobre royalties dos colegas canadenses que se renderam eles próprios às mídias sociais, para passarem sua mensagem... E, novamente, para que pensemos sobre o futuro do jornalismo impresso, um ano depois de as mídias sociais terem realmente "explodido" os antigos modelos nos quais se baseavam os lucros daquelas mídias.

De qualquer forma, uma coisa é certa. Nos novos tempos - para viralizar uma campanha, vale tudo! Até "aliar-se ao inimigo" para passar mensagens sérias como esta que estes "coleguinhas" fizeram. E, ainda, por meio de talentos antes escondidos, quiçá até desconhecidos por uma rotina diária de mais de 10 horas de trabalho diário...

Se vai adiantar como resultado de manutenção de seus empregos, ninguém ainda sabe. Mas os jornalistas provaram, pelo menos, uma coisa. Se o The Global fechar, eles já têm como se virar na vida.

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