quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Einsten, o #twitter e a estupidez humana ...

que leva à dor e a delícia de cada um ser... o que é

O twitter reflete o lado Dr Jekyll e Mr Hyde de quem não consegue lidar com a autenticidade, a energia, a honestidade e a cara limpa dos outros.


Sempre haverá polêmica. Micro ou macrocosmo? Cada leitor que responda por si mesmo, segundo sua vivência. Sim, este post é uma provocação.

Se integrante de um espaço cibernético infinito, é macrocosmo. Mas, como uma de tantas outras ferramentas e ela mesma uma rede de relacionamento, interação, integração e informação, troca midiática que a difere de tantas outras, micro, certo? Completa... #relatividade!

Dentro ou fora da rede, imagino tal qual literalmente criança, o físico e humanista alemão Albert Einstein (14 de março 1879 – 18 de abril 1955) fazendo das suas e mostrando seu linguão ao usar e abusar de sua teoria para – com gosto - fazer novos experimentos e certamente dar, nele mesmo, #RTs a várias de suas célebres frases que volta e meia pululam na plataforma do pássaro azul. Exemplos não faltam. Eu já postei algumas destas. E você?

“A imaginação é mais importante que o conhecimento.” – tem vezes que é mesmo e... que delícia...
“A tradição é a personalidade dos imbecis.” - só por isso, fica claro que ele amaria as redes sociais, em especial o #twitter
“Os ideais que iluminaram o meu caminho são a bondade, a beleza e a verdade.” –ideal para todo mundo, real ou presencial para a maioria dos piscianos, são estes os ideais de grande parte das pessoas que buscam no #twitter contatos para resolução de problemas sérios, senão de estender a mão para ajudar também.
“Se minha Teoria da Relatividade estiver correta, a Alemanha dirá que sou alemão e a França me declarará um cidadão do mundo. Mas, se não estiver, a França dirá que sou alemão e os alemães dirão que sou judeu.” – No #twitter é a mesma coisa. Para cada grupo de seguidores, você tem uma imagem. Tudo depende do resultado que você é capaz de gerar/entregar a cada um, individual ou coletivamente. Basta um único não e as coisas... #engrossam - literalmente. Qualquer twitteiro com pouco mais de 2 mil seguidores tem, certamente, mais de uma história sobre #troll para contar. Os mais em evidência são mesmo artistas e os queridinhos da #TL. Marcelo Tas não me deixa mentir, como o recente envolvendo a polêmica roqueira Rita Lee com os corintianos e, mais recentemente, o processo eleitoral brasileiro, que evita explicações adicionais.
“A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia.” Esta aqui... que fez com que eu escrevesse o post de hoje, é tudo. Brincando com palavras, acredito na força cósmica (a dupla #CosmoseDamiãos), mas sobretudo na interferência dos sinais emanados pelas forças do mal.
“Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta.” Essa, fecha com chave de ouro o raciocínio da de cima e meu pensamento sobre a certeza do conhecimento de Einstein sobre a natureza humana (como Charlie Chaplin também!) e sobre sua incrível alegria em brincar com o #twitter se vivo estivesse.

Tão bem definida e condensada em um belo filme, pela professora de mídias sociais da Faculdade Estácio de Sá, Graça Taguti, a @uhuh, a ferramenta tem de tudo o que o ser humano pode pôr dentro. É muito pó de pirlimpimpim junto. Um banho de retórica aos seus amantes.



Se para bom entendedor, meia palavra basta, como disse @renedepaula, num breve #mimimi, no qual muito apreendi – quantas entrelinhas cabem em 140 caracteres? Não são poucas – that’s for sure!

Ao refletir o universo presencial, um dos temas do recentíssimo #Twittermix que uniu twitteiros para literalmente discutir as relações que tanto encantam, aproximam, envolvem, viciam e outras ações mais nobres que têm mudado a forma de fazer o mundo, minuto a minuto dentro da ferramenta, o #twitter reflete o ser humano no que ele tem de bom e ruim; instantaneamente. Por isso ele é mais polêmico, visceral, prato cheio para a turma de RH das empresas, além de psicólogos, psiquiatras e outros especialistas das áreas sociais; muito mais que o Linked #In, local em que as pessoas lidam umas com as outras como se num constante evento corporativo, ou no Facebook, rede de viés mais fleumático nas atitudes... apenas para citar algumas.

O twitter reflete o lado Dr Jekyll e Mr Hyde de quem não consegue lidar com a autenticidade, energia, honestidade e cara limpa alheias. E esta frase não é de Albert Einstein. Poderia ser de qualquer um que tenha passado por casos de #troll na rede. E que, geralmente, foram ou são pessoas que:

1) Não têm medo de mostrar a cara nem ser quem são
2) Se expõem tal qual são na vida real
3) Se comunicam com todos, de igual para igual
4) Não têm medo do que dizem, quando e como dizem, ou escrevem, postam, piam...
5) Por fim, não escondem seus olhos por trás de óculos escuros, máscaras, avatares e, se o fizeram, foi depois de perceberem que era preciso proteção.


Guardarei os momentos a seguir com muito carinho, porque muito especiais. Depois deles, merecidas férias me esperam, especialmente depois de ter sido hackeada, trollada e, num golpe final, duramente atingida no que me é mais precioso neste mundo: a saúde de meus dois queridos; filho e companheiro, um atrás do outro. Não pretendo entrar no detalhe do assunto, apenas sua menção é suficiente. Energia negativa, magia negra, bruxaria? Seja que nome for, me fazem ver o lado cheio do copo - de novo - porque na crise sempre - acho uma saída, uma oportunidade para dar a volta por cima! Porque sou Vanyzinha 440V! E isso não é à toa também!



Passado mais um ano de estudos e vivência em mídias sociais, fica uma nova lição. Amigos são os que estão conosco não apenas no virtual ou presencial de curtíssimo prazo. Mas os que te acompanham na alegria e na tristeza, na saúde e na doença; não são nem puxa-sacos nem os sanguessugas de plantão. Que brilhem as verdadeiras estrelas. O céu está cheio delas e a #TL também. #carpeannum

(foto de Albert Einstein: http://mikaacesso.blogspot.com/2010_05_01_archive.html)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

#TwitterMix: Jornalismo em redes sociais. Informação ou Interação?

Os dois. Assim comecei minha palestra na primeira, mas certamente não última o/ edição do #Twittermix ou #ttmix2010 (o nome ainda deverá ser trabalhado, especialmente agora que o Twitter estabeleceu regras claras sobre o uso de sua marca). E, dentro deste contexto, inevitável não mencionar o precursor das redes sociais distribuídas, que pode ter descoberto uma mina de ouro só não levada adiante por falta da vontade política, mesquinhez do poder hierárquico do ser humano. Que só seria verdade depois do Manifesto Cluetrain – preconizador de algo anárquico. Falei de Paul Baran e do seu modelo de organização do Sistema de Comunicação, criado em 1964 para avisar os Estados Unidos em caso de ataque soviético em épocas de Guerra Fria. Conheci-o por meio de um dos fóruns para a Década de Cultura de Paz que integrou o livro do qual fui assistente de pré-edição, como ficou nos créditos. Foi pela voz de Augusto de Franco, que fui apresentada ao Baran e cujo texto criei para o livro da Unesco.

Despretensioso

Pensado como um informal encontro de twitteiros para discutir o encantamento que a rede provoca sobre as pessoas foi ele mesmo seu provocador ao promover interesse sobre seu conteúdo junto aos internautas conectados via ferramenta do pássaro azul, naquele 27/11/2010. Para quem se debandou para a pacata cidade de Bento Gonçalves, aquela tarde de sábado deixou marcas indeléveis. E quem não pôde ir, não teve como esconder a “inveja branca” sentida em pios vindos de toda parte do Brasil.

Durante e depois do evento, quem foi e teve a chance de twittar não escondia a satisfação de abraçar arrobas tão queridas no plano virtual que, agora, no presencial – porque real são ambos os mundos, aparte muito bem pontuado pelo jornalista José Luiz Goldfarb - pareciam amigos de longa data.

Desde a "ausência do crachá mais a divulgação, que representa o como modificamos nossa realidade ao usar o twitter", como abriu o evento um de seus idealizadores e organizadores, Afonso Escotesguy - @ochato – até seu discurso no último jantar, já no domingo de noite, no qual dedicou umedecidas e sinceras palavras a @joaocampos_ms, @esjournalist, @sandraacalasans e @veramaselli, a sua cúmplice na empreitada @rutevera e a mim, que quase não pude comparecer, mas fui por ele calma e tolerantemente persuadida, o evento deu a largada a um tipo de discussão que não tem por objetivo ser um espaço de #geeks ou #experts apresentarem tendências mundiais em tecnologia e relacionamentos visando a tornar corporações mais rentáveis ou alcançar mais visibilidade. A pretensão era apenas a de tão somente discutir uma das mais intrigantes questões que move o ser humano desde que tornou-se homo-sapiens: como se relacionar.

Lady Murphy: por isso, apenas resumo

Todos os painéis, ou sua maioria, foram filmados em streaming, graças ao esforço individual de uma das convidadas. Mas como “Lady Murphy” me tem visitado com extrema assiduidade, exatamente na minha palestra, a que abordou o envolvimento do Jornalismo em rede, o link caiu e um vácuo tomou conta da timeline, porque, coincidentemente, os twitteiros de plantão não passaram aos demais o conteúdo do que busquei trazer para a turma, apesar dos protestos – que fizeram um bem enorme ao ego, não posso negar! #prontofalei.

Para não estragar o gostinho de quero mais, apenas um resuminho

Se o Jornalismo não fosse informação e interação, não teria sido aposta do New York Times, primeiro veículo de comunicação a se lançar na internet, criar conteúdos relevantes além de simplesmente postar seus conteúdos impressos, como até hoje veículos menos arrojados ainda fazem. E isso se deu, em 1996, quando a internet começava a dar seus primeiros passos. Desde aquela época, o jornal, que hoje tem muito mais leitores – quase três milhões – via seguidores do #twitter, ao invés dos impressos – estagnados na casa dos 950 mil, já apostava em nichos de leitura.

A fidelidade de leitores foi conquistada na migração de mundos. O que falta ao NYT e à grande maioria dos veículos de comunicação no mundo virtual é chegar à equação que lhes permita faturar. E, vale frisar: cada um encontrará seu modelo de negócios, porque o que vai dar certo para um, não necessariamente será receita de sucesso para os demais. Tudo vai depender da forma como cada um vai se relacionar com seu público.

Como já postei no #twitter inúmeras vezes, mencionei minha crença no sucesso da linguagem #HTML5, trazida pela Instapaper. Ela permite baixar e armazenar páginas de web para leitura posterior. Isso se deve ao aparecimento de leitores como Kindle, Ipad e outros brinquedinhos do gênero, como o que eu vou pedir ao Papai Noel (isso, obviamente não mencionado na palestra, mas a @remozer e eu queremos – o tablet Galaxy 3G) vem como resposta ao fim da ditadura do jornalismo drops e, sem dúvida, é um alento especial para coleguinhas da minha geração! ;o).

Como só tinha 20 minutos, não deu para falar muito além de citar o crescimento do jornalismo-cidadão e do crowdsourcing como novos modelos de jornalismo social, voltados à cidadania e outras iniciativas de jovens de todas as partes do mundo; no mais, passar o vídeo abaixo, obviamente muito bacana, já que tratou de trazer os jornalistas até o evento, dizendo para os presentes o que o twitter significa para eles - atuantes e praticantes.



Com isso, fechei minha singela participação neste primeiro #Twittermix ou #ttmix2010, feliz porque os comentários à boca pequena foram D+, revelando, sobretudo, que, ao final das contas, o dever foi cumprido. :D Depois... bem, depois, foi só festa, digo, relacionamento... no virtual e no presencial, ambos, realidade telúrica, mesopotâmica, deliciosa, poderosíssima ou simplesmente... humana!