sábado, 24 de dezembro de 2011

Ho, ho, ho



Ho ho ho... é tempo de festa, de comemoração. Mas, acima de tudo, agradecimento pelo ano que passou (não importa se ele foi punk ou não, você chegou até hoje, #pensenisso), renovação e pensamento positivo pelo ano que se aproxima.

Amizade, companheirismo, cumplicidade (assim, como esse "meu" Papai Noel e sua fiel rena escudeira), saúde, amor, paz no coração e a certeza de estar fazendo sempre o melhor para atingir os resultados mais positivos. Pode ser no trabalho, pode ser num gesto em família, com seu amor, seus filhos, seus pets companheiros. É o que desejo a você, leitor aqui do blog, desde seu início... ou mais recentemente.

Que 2012 seja um ano de escolhas acertadas e muito sucesso. Se em 2011 você errou, vale o mesmo quando o assunto são as mídias sociais; desculpe-se (com alguém ou você mesmo), acerte o ponto e vá adiante com a lição de que, da próxima vez, você vai fazer melhor. Abafou e quer continuar abafando? Uhuu (\o/), continue assim, sem deixar-se levar pela massagem de ego, mas pela onda de energia positiva que um bom resultado é capaz de gerar.

Nada acontece por acaso e, se você se esmerou, investiu, fez por onde, uma hora... o resultado aparece.  One way or the other. Grande #beijonocoracao de cada um de vocês. Até o ano que vem! (Foto: http://bit.ly/tvTQAc )

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Socorro! Me tira daqui...

...senão me instalo de vez e começo uma nova história de vida... 

Vou confessar: vontade de ficar não faltou, depois do último fim de semana passado com filho à tiracolo.  Uma típica cidade serrana, localizada a 745m de altitude, junto a Serra da Mantiqueira - que também tem seu Cristo Redentor, no mirante de onde saiu a foto ao lado. Assim é Socorro, cuja síntese, para mim, é a de ser um convite a quem busca diferentes opções de turismo, em qualquer época do ano - e, melhor, para toda a família.   
Aos aventureiros, que vêem montanhas e árvores no relevo entrecortado por cachoeiras e rios vivos, a adrenalina pode ser descarregada em arvorismo, tirolesa, cachoeirismo, rapel, trilhas a pé ou a bordo de quadriciclos, mountain bikes, razors (ou os velhos buggies), rafting e boia cross. Pode ter mais atrações, isso foi o que eu consegui guardar. Basta liberar namorado, filho com amigos e quem mais vier, e você (se não quiser encarar as corredezas) pode curtir o que vem a seguir.
Socorro integra o Circuito das Águas e oferece passeios como o da Gruta do Anjo, cuja piscina pode chegar a quatro metros de profundidade. A visita às estâncias minerais também é boa opção. Não tenho fotos destes passeios, mas andei perguntando, claro. O que vale reforçar é que o lugar é eclético o bastante pra tornar a estadia um prazer para quem tem de 8 a 80 anos. O clima é ameno (não sei quanto ao inverno, mas ainda checo!), a comida é honesta e a cidade ainda oferece espaço apropriado para as fábricas de malhas venderem suas novidades a preço convidativo, além de, bem lá pertinho, como em quase toda cidade pequena, uma feirinha de artesanato.  Pena a cervejaria Krill não abrir suas portas para visitação, senão a cidade – que, diga-se de passagem – também tem seus alambiques próprios, seria perfeita.  Ainda assim, deve ser por tudo isso que Socorro tem-se tornado uma alternativa (porque apenas a 132 km de São Paulo) à já consagrada Brotas, conhecida como a capital do turismo de aventura.

Refúgio das Maritacas, atração à parte:

Agora, aprazível, gostosa, arborizada e inundada de pássaros os mais variados – canários de peito amarelo, maritacas, sabiás, bem-te-vis, rolinhas e pardais – é mesmo a pousada Refúgio das Maritacas, onde ficamos.  De todas as que visitamos, foi a que mais gostei pelas suas modernas, branquinhas e novas instalações.  Para começo de conversa, fica pertinho do Parque Ecológico do Monjolinho, de onde tirei a foto do Rio lá em cima. É de lá que saem os aventureiros e onde podem ficar os adolescentes e ainda mais jovens para uma tirolesa, trilha e passeio de boia. Os mais velhos? Ficam no restaurante, jogando papo fora e bebendo cerveja com petiscos, no mínimo.  

A pousada não é somente o refúgio do pássaro verde, que mais lembra um mini-papagaio, mas o de quem como a gente, vive na cidade grande e quer paz, sol, sombra e silêncio – ou seja #tudodebom. Aqui dá pra ver as instalações em fotos da própria pousada, mas registrei o que vi... e gostei.  Criado inicialmente para comportar quatro chalés, cada um com capacidade para até cinco pessoas, o Refúgio das Maritacas está com obras a todo vapor para, até o Natal, inaugurar seu salão de jogos com bar e oferecer mais dois chalés - cuja novidade será a churrasqueira individual em cada varandinha. 

Tendo sabido dos detalhes de como tudo vai ficar, não tive como não escrever a respeito, porque com a nova ala de convivência uma #dilissa, já que a piscina também será inaugurada para o Natal, quero mais é que vocês fiquem com bastante água na boca para, quem sabe, irmos todos em caravana aproveitar tudo isso. Que tal?   

Da próxima vez, levo uma máquina poderosa e fotografo os pássaros em vôos sincronizados.  Por ora, gravei o som das maritacas em conversas de comadre.  #amodorei




terça-feira, 25 de outubro de 2011

Não adianta fugir: o estresse vem até você

Estresse: doença já no século XX, é o grande vilão que permeia senão todas, a maior parte das relações de trabalho!

Se existe algo inexorável que mudou definitivamente com a invasão das mídias sociais no ambiente de trabalho, passando a integrar o inconsciente coletivo de gerações de funcionários de todos os níveis possíveis e imaginários, de empresas de todos os portes, desde o início do século XXI, esta coisa é o estresse.

Já chamado "doença do século XX", sabe-se lá por qual motivo - já que a "inquisição profissional" não chegava a 1/12 do que a exposição em mídias sociais, cuja ressonância é dobby surround -, este vilão que espreita corredores, baias, rodinhas de papo e mesmo os pensamentos do "ser trabalhador comum" é a prova cabal de que chegamos, definitivamente, na era BBB preconizada pelo Blade Runner, este "baseado" no apocalipse escrito pelo escritor George Orwell, em 1984...

Dá-lhe estresse! Com as novas mídias, nas quais um mínimo de  espirro fora do lenço pode causar irremediável demissão ao mais reles estagiário, o medo de soltar uma frase irônica, uma brincadeira, de torcer avassaladoramente pelo próprio time de futebol ou ainda, fazer um comentário sobre assunto polêmico, que, inicialmente nada tem a ver com o trabalho em si, começa a mudar a saúde mental dos que vivem sua terça parte da vida em escritórios e repartições... entre outros ambientes profissionais.

Os casos de pessoas demitidas por causa de estresse no trabalho são tantos que já nem fazem tanto alarde na imprensa quanto quando começaram a pipocar, como resultado de ações intempestivas tomadas pelos sujeitos de frases no #twitter ou Facebook  acerca de suas opiniões. Mas, será que tudo está perdido?  Se até um infográfico acaba de ser criado para abordar o assunto (presente do querido @tssveloso, via Visual Loop) , tenho lá minhas dúvidas.

Vale a pena lê-lo com carinho e aprender ao seu jeito, uma forma de "levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima!". Afinal, estar no Brasil tem isso de bom... samba no pé pra desanuviar a cabeça e rir de si mesmo para encontrar a cura! Afinal, doente mesmo é quem não tem o samba no pé! Duvida?

L

Então escuta este aqui e comece já a dar um pé no baixo astral causado pelo estresse!
:D



http://visualoop.tumblr.com/post/11908712491/estresse-no-trabalho-infografico-exclusivo

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Extra, extra: "meu" segundo livro acaba de chegar

Aê, gente bacana que me lê, me aguenta em deVANYeios tecnológicos, pessoais, artísticos etc.. Como não poderia deixar de ser, eu tinha que vir aqui  pra contar a novidade e comemorar. Chegaram, finalmente, os meus exemplares deste segundo livro para o qual trabalhei, agora na condição de organizadora. O primeiro, pra quem perdeu o post, foi este aqui.


Queria ter tido uma ideia mais ampla do processo de edição e distribuição, mas tendo entregue meu trabalho, parti para o fechamento do meu evento, o #Circuito 4x1- São Paulo, que se tornou Trend Topic no Brasil pelo dia todo e, por minutos, mundial. Infelizmente ambos, o Fórum 2011, do Ecommerce Brasil, onde ele seria "lançado" e o meu, aconteceram no mesmo dia, há exato mês, dia 27 de agosto. Por isso, perdi a "festa". 


Não tenho nenhuma noção sequer sobre o livro. Sei que  ele  foi entregue como presente a quem participou do  Fórum 2011, que reuniu a nata do Ecommerce do país. Também não sei se será colocado à disposição para ser baixado, comprado... Seja o que for, aprendi muito com mais esta experiência.  E pra dar a verdadeira noção do que foi, segue aqui o que está lá, escrito na abertura. 


Mais que um trabalho, aprendizado e diversão
Organizar este livro foi mais que um trabalho; um misto de aprendizado e diversão.  Passado um primeiro e mais demorado desafio auto-imposto de “conhecer” virtualmente cada um dos brilhantes profissionais envolvidos nesta aventura de escrever sobre um mercado em franco e inexorável progresso, as atividades seguintes foram pontuadas por descobertas, risos, preocupações e até insights sobre minha própria experiência como prestadora de serviços online.
Antes de mexer em cada texto, fiz questão de apurar um por um em sua rede profissional (Linked #in) ou no Faebook, quem era a pessoa por trás do texto. Talvez tenha ficado aí a dica de como tornar mais simples o processo de editar textos de outrem, do que apenas ir passando a navalha. Vivendo e aprendendo, sempre!
O que destaco é que cada vez mais a internet, cujos poderes nem a mais vã filosofia pode explicar, integra mundos diferentes, reduz fronteiras e aproxima interesses.
Apresentada a detalhes e nuances do mundo de comércio eletrônico em histórias vibrantes, engraçadas ou textos-relato sérios e didáticos, a outra maior dificuldade foi, uma vez negociada a forma de apresentar o livro, com textos mesclando-se entre os vários assuntos ligados ao tema, escolher qual começaria (#OMG) e como fazer a divisão.
Nesta tarefa foi que descobri a simpatia e a versatilidade profissional da jornalista Rina Noronha, cujas reuniões virtuais, impostas pelo fato de residirmos em diferentes cidades, foram a segunda melhor lembrança que levarei desta experiência. Trabalhar com quem você nunca viu – e de forma virtual - pode ser por si só um estresse, mas não foi o que aconteceu.  Com seu “Ei, Vany”, vocativo capixaba, talvez, ela soube me cativar e por isso também o trabalho fluiu gostoso.
Não é todo dia que acontece de você ficar responsável por organizar um livro; mas a experiência foi muito gratificante. Espero que valha especialmente para que este primeiro livro de contos sobre o mercado eletrônico brasileiro possa ser a ponta de um iceberg sobre este ambiente tão dinâmico, cheio de detalhes de forma, cor, conteúdo, tipo de entrega, mas sobretudo, relacionamento; a base de tudo o que sempre fizemos, não importa a plataforma. Obrigada ao iMasters pela oportunidade, beijo carinhoso na Rina Noronha e no Baeta e boa leitura.
E, last but not least, não poderia deixar de agradecer aos amigos Oscar Ferreira (@kakamachine) & Daniela Melo (@danimelo), além do meu filhão, a quem quero muito que a leitura deste livro seja um mapa da mina, ele, que é Daniel também. Pelas horas investidas na dedicação full time ao projeto que, não raro, me deixaram com cara de #perdoaafaltadetempo, pela indicação do meu nome ao Tiago Baeta, pela confiança depositada ao acreditar que o trabalho paralelo não impactaria na sociedade em franca gestação ... enfim; sem mais delongas, #valeu e está valendo! Vocês três são #tudodebom!
Vany Laubé. Jornalista, sócia da + Mosaico Negócios & Comunicação e colaboradora permantente da Mega Brasil 
Ainda falta lançar um livro só meu! Ele até já nasceu, mas está na gaveta; o conteúdo, toda vez que abro para revisar, acaba sendo mexido. Já nem faço mais promessas, melhor acabar e um dia lançar e voltar aqui pra dividir com vocês de novo. Será que rola? #oremos

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O que é necessário para ser estrategista em #SM

A partir de hoje, o blog passará a ter mais informação e menos opinião. Afinal, "rata de internet", sei que uma de minhas melhores habilidades é fazer boas pesquisas para encontrar conteúdo estratégico.

Com tanta novidade rolando por aí, contada de tantas formas diferentes, nada mais apropriado que usar este espaço de comunicação e informação eclético para dividir - com agora meus 200 leitores -  o que de mais bacana encontrar em minhas buscas para estudos e análises - que não páram, não importa a atividade na qual esteja enfronhada.

Como o infrográfico é uma das formas mais completas e bacaninhas de estudar, porque alia um visual criativo com um texto dinâmico e curto, começo com este. Ele resulta de dados tirados do Linked In em ofertas de empregos postados para a área de #SM (mídias sociais)) e um relatório do Altimeter Group.

A fonte primária foi o meu próprio jornal, desenvolvido a partir de tweets e posts dos meus #twigos, o  "The + Mosaico Daily", sobre o qual postei no blog empresarial e é uma das primeiras referências de minhas leituras diárias.  Depois de passar pelo infográfico, você ainda vai dizer que as mídias sociais são bobagem, gratuitas e desenvolvidas por gente sem noção? #pensenisso


[INFOGRAPHIC] http://on.mash.to/roWark

domingo, 25 de setembro de 2011

SMW-SP: gostinho de quero+


Passada a semana em que aconteceu, simultaneamente, em importantes capitais, o Social Media Week deixou no ar um gostinho de quero +.  

Para mim e para algumas pessoas que cá e lá comentaram, o SMW-SP pecou. Mas, por que, se o Lucas Couto e demais curadores reuniram gente #tudodebom #salvesalve, como costumo me referir em rede ao que gosto muito?

Alguns pensamentos provocadores e ou percepções. 
  • A maioria de nossos especialistas não teve tempo para deslanchar em novidades, e, por isso, não saiu do lugar comum: o que mais se ouviu foi o Lucas dizer “estamos estourados de tempo”.  Mentira?
  • Poucos conseguiram realmente ensinar a quem se dispôs a ir pessoalmente a um local longe para aprender: foi raro ter um momento em que números decorrentes de respostas do dia a dia vivido por agências, empresas de monitoramento, clientes etc. foram apresentados. Há exceções, mas - reforço - raras.
  • O exercício de achismo - apenas para gerar reverberação no twitter - foi demasiado, especialmente nos debates.  
  • Enquanto isso, assuntos como geolocalização, o uso de infográficos, o jornalismo online e o jornalismo-cidadão comparados às mídias sociais, a revolução que os tablets têm causado no dia a dia de consumidores, agências, empresas, ou seja, outros e não menos importantes temas envolvendo a comunicação, em geral, passaram batido.
A crítica estende-se também a quem investiu no SMWSP. Será que faltou grana para, a exemplo do que se viu em Bogotá, na Colômbia, termos, pelo menos, alguém de fora? Eu acho que nem precisaríamos de alguém de fora, porque temos talento de sobra aqui, o problema foi tê-los no palco com tempo para passar mais que uma experiência de eu acho isso e aquilo, mas novidade ou de pensamento novos para outros reverem suas estratégias e/ou aprenderem a criá-las. 

O fato é que não sou somente eu que tem comentado o fato de que os eventos de mídias sociais aqui estão cada vez mais repetitivos, sem sair da caixa e, pior, tornando-se um ambiente de uma tribo. Se as mídias sociais são um ambiente em constante #beta, se o brasileiro é um dos povos mais criativos, tudo isso ficou a dever nesta edição do SMWSP.

O que houve? Acabaram as novidades? Somos menos empreendedores que americanos e europeus, e, por isso, não tivemos a mostrar de realmente novo? Mesmo sem uma atração internacional para fazer um contraponto – até porque não precisamos disso - não houve quem pudesse ser comparado aos performáticos Gil Giardelli e Graça Taguti, que literalmente fazem a diferença em qualquer evento.

Institutos de pesquisa colocam o Brasil numa posição de relevância quanto ao uso das mídias sociais. Mas já perceberam como? Na qualidade de usuários e ainda, barulhentos, sem força para realmente emplacar uma revolução, por exemplo, como fizeram os ingleses nos ataques de agosto, ou ainda antes o leste europeu em massa contra as ditaduras locais.

Somos mesmo - ao que parece - revolucionários de sofá. E mesmo eu incluo- me na categoria. Afinal poderia ter voltado lá e twittado diretamente do evento, como fiz no primeiro dia? Mas, não: acabei fazendo-o ainda mais, mas relaxada em minha poltrona, eventualmente mudando para o escritório. Desencantei-me com a sistemática, a forma de apresentar etc., e não me levantei do sofá para voltar no dia seguinte. Nem por isso deixei de interagir com seu conteúdo, retwittando o que achava importante, ainda brincando com uma ou outra figura, parabenizando os vencedores do prêmio Epic e provocando outros. Mas e daí?

Passados três anos do boom deste novo movimento no mundo dos negócios, e hoje, após a terceira edição do SMWSP, só posso lamentar nossa posição de colônia neste latifúndio. Ainda vamos gramar muito para mostrar a diferença que poderíamos. Pior, tenho certeza de que sobram cases brasileiros de sucesso que poderiam ser apresentados de forma mais brilhante, para ajudar a explicar e ensinar o que se deve ou não fazer para se dar bem nesse ambiente, e mais gente, de valor e diferente das "sempre as mesmas". Se as mídias sociais são a sociedade em dolby surround, onde estão nossos verdadeiros especialistas e suas maravilhosas ações para fazer a diferença e compartilhar conhecimentos? (Imagem: http://bit.ly/one5Hk)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"Colar": arte para poucos...


... ou apenas #necasdepitibiriba!

http://bit.ly/nQFLgr
Sempre fui CDF; tanto que, até na faculdade de jornalismo, acabei oradora da turma. Vou morrer achando que foi porque era ótima aluna, escrevia bem, tinha algum conhecimento, adquirido, em sua maior parte, lá mesmo, na faculdade. Se tiver sido por outro motivo, bom, xapralá...

Fato é que até um outro "causo", no qual o Pingelli Rosa tascou-me um 0,2 em uma prova de Física, na faculdade de Química da 
UFRJ, acho que minha única recuperação havia sido de Geografia, no “científico” (quem lembra da nomenclatura?). Injustiça; apenas porque respondi a uma prova de forma diferente da que queria a professora Rosalina – nome do qual jamais me esquecerei (há coisas para as quais, sim, dizemos jamais e há coisas que a gente nunca esquece além do primeiro sutiã).

Reação intempestiva imediata como a de 15/16 anos, de rasgar a prova na cara da 'psora', sair da classe batendo a porta da sala e ir fumar no banheiro (o ápice da ação mais rebelde da época, afinal estudava em colégio ser de freiras, fazer o que, né?) minha nota não poderia ser nada além de um vermelho 
(=sofrível) para “macular” meu boletim. Mas nem me lembro mesmo da matéria em cuja prova tentei colar.

Quem tem culpa no cartório parece carregar a "letra escarlate" antes ainda que lhe seja alcunhada em praça pública.  

Olha a situação: provavelmente, eu me contorcendo para tentar ler alguma coisa daqueles hieróglifos, escritos em corpo 4 (o menor apresentado por qualquer editor de texto que se preze é 6 – mas estávamos na era ainda antes da pré-história informática, cola se escrevia na munheca) daquele maldito texto que pudesse me ajudar nas respostas da prova para a qual não tinha estudado #necasdepitibiriba. De repente, escuto em forte brado: “Vaaanyyyyyyyyy!”  

Nem sem o que ele queria. Poderia ser qualquer coisa, mas e eu lá, dei-lhe o direito da dúvida?  “Não tô colando não, ‘fessor’.”  

“Ótimo saber disso, mocinha. Então, aproveita e muda de lugar. Vai lá pra frente, que eu acompanho sua prova com mais carinho, tá bom?”

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Cinco Marias, 5 Marias... nada! Eram 5 Laubés!

Voilá
Manhêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêê, a  Gina pegou minha boneca.
Manhêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêê, pede pra Milene devolver a Susi - a cabeça dela tá colaaaaaaando!
Manhêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêê, pô a Lele não deixa eu montar a escola das minhas bonecas para eu dar aulaaaaaaaaa!


Para abrir, desfaz o lacinho...

Faz as contas!  Uma mãe + irmã mais velha + irmã mais nova + irmâ gêmea + euzinha = Cinco, cinco Laubés! Sentiu a situação?  Em épocas de presentear a galerinha haja bolso cheio... ou criatividade!

Colocar a meninada para fazer  algo que possa unir o útil ao agradável, gerando satisfação pessoal de ter criado algo seu, superbacana, e ainda, poder presentear sua melhor amiga com algo exclusivo, pra depois criar um campeonato de Cinco Marias... Bora fazer juntas?

Pode ser colorido, em forma de fuxico, pode ser de tecido molinho ou de almofada mesmo, o que importa é curtir... o caminho até o presente - e quem escolhe atalhos, jeitos de fazer, o processo todo é você!

Assim, depois do tal bolo de fubá que resolvi fazer para o fim de semana, sentei-me para fazer... o presente da Marina M. Marini. Pensei. Presentes atuais ela deve ter de montão, mas e aquelas Cinco Marias que faziam a nossa alegria na mesma idade?  A geração de crianças da atualidade pode nem saber, mas a gente se divertia de montão com coisas supersimples.

Abrindo a bolsinha...
Então, Marina, segue seu presente que, porque curti demais fazer para você, mostro em primeira mão ainda, sem dá-lo a você! :o) 

Se você quiser, podemos pensar em fazer isso juntas na festa do ano que vem, ahááá!  Pode ser regada apenas a um bolinho e um Ki-suco, como sua mommys escreveu no Facebook. Imagina só; você e umas amigas fazendo suas próprias Cinco Marias (ou 5 Marias)?

Levo pano, enchimento, cheirinho, agulha, linha de bordar e a gente se diverte ouvindo as músicas que você mais gosta e, claro, fuxicando horrores da vida alheia. Afinal, reunir amigas e não fofocar é como "tipo assim" ir pra Disney e passar longe do castelo da Bela Adormecida, né? Ainda que você esteja mais para Hogwarts e prefira outras "bruxarias", te garanto. Essa aqui é divertida pacas.


Abracadabra. Hora de trocar com as amiguinhas e brincar!
Vany: fazendo arte de tarde!    Taí, gostei do nome... vai virar marca, rsrsrs :O)

Um tiro ou dois?


Imagem: http://bit.ly/rjOAnw

Era Janeiro de 1994. Minha irmã gêmea – a Giiiiiiiiiiinaaaaaaa - morava na Flórida e eu já havia estado com ela mais de uma vez. Desta, porém, tinha levado mamãe para passar o reveillon.  De novo “na América” nunca fui para Nova York? Até então, mimadinha (confesso!) na maioria de minhas viagens ao exterior - tipo assim marido preparava tudo e eu só fazia entrar no avião”, precisava logo reverter isso. Sujeito de minha própria história, morava sozinha, fazia tudo sozinha; não era de bom tom ter isso em meu currículo de vida. Não de Vanyzinha. Meta:  comprar passagem de Orlando para “the city that never sleeps” ou trocar de nome (quebraria um galhão, mas, convenhamos, melhor viajar).    

Ótima promoção, passagem doméstica destas que se paga a ida, e a volta é praticamente de graça. Arranjei de ficar na casa de uma amiga de outra irmã (alguma vantagem de ter várias irmãs a gente tem que ter). E foi muito bom. Mas, claro, tem coisas que a gente, mesmo falando inglês, precisa de um tempo para assimilar a malemolência do “ser minhoca da terra”.   Que o diga a bendita mexerica, bergamota, tangeria e por aí vai...

Aconteceu quando fui a uma lanchonete tomar um café expresso. Um simples expresso. Saio do Rio de Janeiro, vendida para o mundo como uma das cidades mais violentas (ooooh!) – mesmo àquela época – e venho para NYC – a torre de Babel. Entro numa coffee shop para tomar um simples café, faço meu pedido para ouvir, da moça do caixa, na bucha: “One or two shots?”  

domingo, 14 de agosto de 2011

Dia dos Pais

É hojeeeeeee!



Precisa de + alguma coisa?

#carpediem

Aquele cabelinho, hein?


Imagem: http://bit.ly/qntGmN
Será que acontece com outras pessoas? Vez em quando perco um fio de cabelo, e ele se enrosca bem na alça do sutiã, lá no meio das costas, numa região em que, para arrancar, só mesmo fazendo curso completo de contorcionismo para integrar Cirque de Soleil. Natural, portanto, ter a percepção de que o que  me coça e traz demasiado desconforto deve ser um suplício de proporções semelhantes a qualquer ser humanamente normal.  Ledo engano.

Era 1995 ou 1996; sabe aquela consultoria internacional para o cliente de salvatagem do navio encalhado em São Francisco do Sul – onde também deixei meu coração? Lembro-me como se fosse ontem a ida ao escritório central do cliente no Brasil, Avenida Rio Branco, Rio de Janeiro. 

A diretora, muito simpática, recebeu-me britanicamente, talvez resultado do próprio estilo do ambiente de trabalho. Quando estava para sair, também muito educada, acompanhou-me ao elevador. De camiseta regata – estávamos em pleno verão – aliás, quando não é verão no Rio de Janeiro? – braços de fora, falava de efemérides... Pouco acima da altura de seu colo direito estava lá, um "cabelinho enorme", preto. Deveria causar-lhe o maior desconforto. Conversa vai , conversa vem, ia ficando cada vez mais incomodada com a situação.

O andar era alto; edifício antigo. Elevador demorando uns 250 anos para chegar e a gente naquele papo mole de quem já se despediu mil vezes e não tinha mais o que dizer. Não deu outra. Era demais pra mim.

“ Com licença”, disse, indo direto com minha mãozinha retirar o tal cabelinho que “deve estar te incomodando demais, deixa eu te livrar deste pesadelo”.  Puxei.  Tava preso.   


domingo, 7 de agosto de 2011

Vaca ou veado?

Imagem: http://bit.ly/nIcKOM

Era um sábado, como outro qualquer, destes em que a gente passa a maior parte do tempo em casa, fazendo arte, lendo, usando o computador, sem o menor saco de sair, ou dedicar-se “às coisas do lar” (ugh!). Nove e meia da noite. Já ia batendo aquela fome de arder o estômago e nenhuma vontade de cozinhar. Resolvi me mexer. “Filho, vamos pedir alguma coisa? Que tal uma comida chinesa, pra variar? Eu sei que você gosta de rolinho primavera, aproveito e peço um franguinho diferente e vem com aqueles biscoitinhos tipo biju, com mensagens da sorte, lembra, que tal?” fui sacando logo, já emendando para evitar um não de cara. Afinal, com esta geração carboidrato, é bom ensaiar um Plano B pra incrementar logo e evitar a chance do Ahhh nããããããoooooooo.


“Chiiiiiiiiiina in Box?”, veio lá de dentro do quarto o bordão com sotaque chinês e tudo, ao que eu entendi como um sonoro 'simmmmmmm senhoro, nô'?  Nem mais um minuto a perder antes de uma mudança de ideia, lá fui eu, lépida e fagueira,  literalmente catar o folder com o telefone da dita cuja. Prepare-se:  
“Alô, queria fazer um pedido”. “Primeira vez que liga para nós?”“Sim, primeira vez.”“E o número da senhora é este que aparece aqui no visor? Posso repetir?”, perguntou o rapaz, entoando os oito algarismos referentes ao número de casa.
 “Isso, o número de telefone é este mesmo”.
Aí seguiu-se a cartilha normal de dez entre dez restaurantes para os quais você liga, ao cadastrar-se para o primeiro pedido. Passei direitinho o número do CEP, a rua, o número do edifício e do apartamento, enfim, ia tudo muito bem. Até que veio a pergunta fatídica. 
"Seu nome?" "Vany".
“Como?”“Vany”, repeti, firme, mas calma e pausadamente.
“Vany com V de vaca?”
#freeeeeeeeeeeze!

Tudo passou na minha cabeça como frações de milésimos de segundo. Num tava acreditaaaaaaaaaaando! Com tanta palavra mais digna do V no dicionário - vitória, visão, vida, valor, vinho? A resposta veio em quase #realtime! 


“Não, V de veado”! 

sexta-feira, 29 de julho de 2011

"Vany, sua barriga fez barulho!"

Imagem: http://bit.ly/ojo0S8

Eu devia ter uns 12 ou 13 anos, aquela idade fatídica quando nos tornamos mocinha (ugh!) e qualquer coisa fora do script pode se tornar um problema de proporções gigantescas. Morando ainda em prédio, já no Rio de Janeiro – acho que Copacabana –, não raro subíamos e descíamos de elevador, sempre. O do prédio onde morávamos não era dos maiores. E, particularmente neste dia, deveria ser o menor deles – ou encheu com todos os moradores daquele maldito edifício, porque devia ter um estádio inteiro de gente como se fosse um dos ônibus da CMTC em hora de rush.

Não cabia um pum entre as pessoas. Eis que, lá pelas tantas, eu que sempre sofri de estômago – ponto fraco de cancerianos, segundo dizem os astros – na infância, por refluxo, mais adiante por gastrite, enfim, passei por um aperto. Neste dia, fatídico dia, o estômago resolveu... reclamar de fome. Nem sei se era antes da hora do almoço ou no meio da tarde e, confesso, nem faz diferença. O fato é que o nível de constrangimento, já enorme pela quantidade de gente espremida naquela lata de sardinha triplicou com aquele “nhonhonhorinhó” (alguém sabe reproduzir esta porcaria de som?).

Eu, de cabeça baixa, olhando para o chão, imaginei. “Ai meu Deus, está chegando o andar, vai passar, só mais uns segundinhos. Pode ser qualquer um aqui, ninguém notou que veio de dentro de mim”. Mas, ledo engano, eis que, imediatamente depois de eu ter pensado nisso, quase que tendo lido minha mente, minha querida irmã caçula sapeca, saltitante: “Vany, sua barriga fez barulho!”.

Não, aquilo definitivamente não estava acontecendo. Eu não queria acreditar, mas a altura de seu ouvidinho lindo batia exatamente no meu estômago e, criança ainda, seis anos mais nova que eu, o que ela poderia fazer senão – inocentemente (porque ninguém está pensando que a lindinha, a fofa, seria uma pentelha encravada me sacaneando, né?  Nããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããão!) apontar para o problema, quase que como a perguntar, na sequência o porquê daquilo, esperando uma aula completa de ciência do corpo humano...

Fingindo que não era comigo, mas querendo calá-la de tudo quanto é jeito, eu só levantei dois dedinhos. Afinal, como disse, a quantidade de gente era tanta que tal como na época da ditadura - quando as fontes davam caneladas nos repórteres, imaginei eu, ninguém notaria um beliscãozinho de nada. Resolveria a situação, pelo menos, até o elevador chegar, e eu poder, então dar-lhe aquele mega esporro e resolver a coisa “em família”. Que nada – foi aí que eu realmente não tive dúvidas das intenções da pestinha, quando ela finalizou aquele momento eterno com um: “Aaaaiiiiiiiii, pááááára de me beliscar!  Tá doeeeeendooooooo. 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Eu optei por Suzan Boyle!

 (Imagem: http://bit.ly/pTnLLS) 

Prazer em conhecer. Ainda que o Brasil todo tenha conhecido  uma versão de uma Vani, namorada de Rui, personagem da escritora e roteirista Fernanda Young – a quem anos mais tarde eu seria apresentada na festa de suas filhas gêmeas ( também – ETA destino!?!) inclusive, com esta autobiografia propositalmente escrita em contos,  eu publicamente reivindico meu direito, de fato ser  a verdadeira Vany. Só que com mais charme, claro, e – de novo, só para frisar, com Y, por favor.

Além de um namorado chamado Rui, as semelhanças, considerando estilo, forma de falar, pensar, agir e, especialmente os micos, são tantos que, por causa dos inúmeros pedidos de amigos e familiares para colocar no papel alguns – senão todos – os meus próprios causos, você está aqui, agora, lendo esta pseudo-autobiografia .

Assim, mesmo se a Globo não se interessar em televisá-los, num remake da série, pelo menos terá valido para quem tiver chegado até aqui e continuar a leitura dar umas boas risadas, pensando nas cenas vividas pela personagem já criada e imortalizada pela excelente Fernanda Torres. Pretensão? Sei não. Pense bem: que eu tenha me disposto a escrever, tudo bem. Mas se você está diante destas mal traçadas linhas é porque meu charme vai obviamente bem mais além da perninha do meu ypsilon – aquela introdução freudiana deve ter influenciado Moets & Chandons (que me disseram – são mais modernos do que os antigos Ticos & Tecos) do meu cérebro a ponto de eu fazer jornalismo e ter ainda, como pseudônimo, “a Bridget Jones brasileira”. Por que será? 

Acho que só contando, mesmo. E aí, cada um tira as conclusões que quiser. Então, here we GO!

Mas, por que, só agora, aos 4.8 anos?

O insight me veio numa sessão de análise de grupo; na verdade numa apresentação do que seria um Grupo Operativo sobre... #escolhas. Papo vai, papo vem e fiz um comentário sobre como vamos amadurecendo e mudando à medida que envelhecemos. E quem me conhece sabe; não troco meus 4.8 pelo corpinho de 25 e a cabeça obtusa que tinha, cheia de dúvidas. Por que? Elas vão nos acompanhar para sempre, senão for por causa daquela decisão sobre o que eu terei dito para aquele chefe naquele momento, ou amiga, terá sido para um filho... e, isso pode fazer ou não uma diferença enorme na vida de cada um.

Nada acontece por acaso e a gente também não diz nada por acaso, porque não estamos aqui por acaso e... bem, isso aqui não é para virar uma sessão de análise (rsrsrs!). Mas, lá pelas tantas, me dei conta de que aos 25 aninhos eu era uma princesinha, sentava-se como tal, portava-se como tal – ok, nem tanto – sempre falei meus putaqueparius, que merda, cara... Anyway – a verdade é que eles eram mais contextualizados, digamos assim.

Os trinta anos



Aí, você chega nos 30 e você pensa “Puxa vida, Balzac, o que fizeram com você?” A modernidade reduziu-nos a megeras correndo atrás de reprodutores em busca do tempo perdido por causa do relógio biológico contando contra a quantidade de óvulos que ainda poderemos produzir...

Na verdade, passamos de ninfas inseguras a donas de um poder de sedução e segurança nunca antes experimentado e algumas certezas fantásticas. Não que, de repente, a gente se tornasse donas da razão, longe disso, mas cai uma ficha fantástica de entender, finalmente, o que não presta, não cola, não dá mais para engolir e, finalmente, não queremos mais para as nossas vidas. Assim, como num clic (magicamente).

Não cheguei à loucura de fazer pesquisas – há estudiosos para isso – os 30-e-poucos-anos-de-uma-mulher- devem ser a idade mais temida pelos homens, inclusive os casados (rsrsrs!). Vamos pensar? Há algumas opções, ou as coleguinhas resolvem assumir uma postura de cinderelas do lar para sugar-lhes todas as energias, já que eles lhe impuseram (observação: cada caso é um caso, mas os machistas que me desculpem se acham que mulher tem que ficar em casa linda para desfilar com ele e não competir com ele no mercado de trabalho ou, porque está no mercado de trabalho, ser “presa fácil para outro lobo”!), bancando as vítimas e usando e abusando de seus cartões de crédito já que a liberdade tem seu preço, ou se divorciam exatamente pela razão do parêntesis.

Sim, eu esperei muito tempo para escrever, apesar disso “ser” minha vida. Falar de si não é exatamente fácil, mas a idade ajuda muito. O que, no alto dos meus 4.8 anos eu tenho a perder? Pelo contrário – Suzan Boyle, a cantora escocesa de voz maravilhosa, não aconteceu exatamente depois de seus 4.7? Isso, claro, me encheu de esperança. Se ela pôde, por que não eu?

Minha vida é uma piada de causos que, no mínimo ajuda a turma CVV (Centro de Valorização da Vida) a repensar que além de um dia ser melhor que o outro, sim, sua grama pode ser mais verde que a de quem você acha que está mais verde e, na verdade, não é bem assim, baby... mas só porque o vizinho está sorrindo, não quer dizer que esteja tudo bem!  

Tem dias na vida que eu também tenho meus momentos CVV, quem não os tem? Quando estou assim, minha amiga, vizinha e atual síndica, Marta Girardin (a quem eu, depois de um mandato tampão de um ano, em que conseguimos defenestrar um síndico digamos não muito afeito à administração correta) sempre me indica... “Vany, lembra apenas de não fazer isso aqui no edifício, você já foi síndica sabe das implicações civis que sobram para a gente. Sou sua amiga, mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Na qualidade de síndica, se você se jogar daqui, vai me ferrar. Na condição de amiga, eu te sugiro, se for este mesmo seu desejo, então, tenta uma coisa realmente eficaz e glamorosa. O Edifício Itália.
Eu optei por Suzan Boyle!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Viva Ginaaaaaaaaa (livro-verdade)

Agora me digam. Tem que ser muito confiante e persistente para conseguir chegar até aqui, não? Senão, vejamos. Sem falsa modéstia, talento e certo charme eu até tenho – não raro ainda recebo lá uma ou outra declaração via mídias sociais, e,nem tanto tempo assim, até assediada por um comandante num cruzeiro de três dias eu fui; mas isso é capítulo à parte. 

Tudo poderia ter sido muito diferente: meus pais levaram mais de 10 anos para se casarem por causa destas coisas de religião. Ele vinha de família tradicional suíço-francesa protestante; ela, de origem polonesa-judaica.  Até aí, nem tanto problema. A questão começou quando resolveram... fazer  planos.  Curtir adoidado a vida a dois para depois formar família era o objetivo, lá pelo terceiro ou quarto ano. O problema foi terem engravidado logo na lua de mel.

“Mas a ginecologista me garantiu que com o útero virado, eu só engravidaria depois de um demorado tratamento”, dizia minha mãe. Tanto que, de vergonha – sim, coisas da época - escondeu-se de todos para não ouvir a zombaria dos amigos enquanto a barriga crescia.    

Passados dois anos, com minha irmã mais velha em idade de ter então, um irmãozinho, o Daniel - porque eles, papai e mamãe, queriam um Daniel - começaram a... fazer planos em torno do Daniel, de novo. Pior. Inadvertidamente prometeram isso a ela, como se pudessem - tolinhos.  Aliás, a ela e à empregada.  Disseram literalmente que mamãe estava preparando o Daniel. E sua barriga ia crescendo, crescendo, crescendo.  Virou, segundo palavras textuais dela, um navio.

Mas a culpa não foi totalmente da dupla meupai&minhamãe. Nããããããããão, esta é devida ao médico obstetra, claro, cujo nome deve estar na minha certidão de nascimento e que por pena à família dele, vou poupá-los de saberem. Afinal, quem não teria ímpetos de linchá-lo? Eu nasci ainda antes da tecnologia da ultrassonografia. Pois bem: na auscutagem provavelmente minha querida gêmea – gerada depois de mim, portanto, à frente na barriga, resolvia brincar de esconde-esconde e me cobria de todos. Resultado: só souberam tratar-se de um parto duplo, na hora H, quando a bolsa estourou prematuramente, no exame do oitavo mês.

“Como dois bebês? Eu só tenho um enxovaaaaaaaaal! Um berçooooo!”, chorava minha mãe, enquanto subia no elevador rumo à sala de parto.

Sentiu a situação? Deu para ter a noção de como nós, pequenas e completamente indefesas, geradas naquele útero de dimensões transatlânticas, ouvimos e recebemos ESTAS saudações de boas-vindas, a esta altura do campeonato? Do quanto seria nosso comportamento, gravando estas sensações para a formação de nossa auto-estima? Fala sério!

Diz a lenda familiar que meu pai, até então sem saber de nada, lia o jornal de cabeça pra baixo enquanto o médico fazia o parto. Ao retirar a minha irmã e mostrá-la – certamente gerando nele um inesperado e amarelado sorriso (de quem fumava, claro!), eis que o médico então pede que meu pai aguardasse, porque, sim, tem mais uma. Aí é que meu pai deve ter mastigado o cigarro, amarelado de vez e sentido o chão faltar. A razão disso? Euzinha, a mais velha das gêmeas, nascida com apenas dois minutos de diferença da primeira! E a culpa disso tudo? Pô, só de nascer já sou culpada? Caraca!  

Sem um útero só para mim, com minha mãe chorando montes e meu pai sem chão, ainda tive que passar uns dias na incubadora. Juntas é que somávamos 3,5 kg, o peso de um bebê normal. Não rolou nada de amamentação no peito, foi leite Ninho e olhe lá. Isso tudo para chegar em casa por uma porta, e, segundo contou minha mãe anos mais tarde, ver a empregada saindo pela outra.

Tudo por causa do médico, claro. De quem mais seria a culpa? Mas, pior que a empregada saindo pela porta, ainda era minha irmã mais velha, salpicando: 

“Mamãe, você mentiu pra mim. Prometeu que viria o Daniel, mas você trouxe duas meninas”...

Se minha mãe rasgou-se em pregas, isso ela nunca me disse. Minha mãe não falava palavrões. Isso ela passou por osmose para mim. Eu concentrei toda a capacidade dela, da minha gêmea e, acho, da família toda. Tudo que ela nunca falou, eu falei como vírgula, aposto, chamativo, exclamação, vocativo, adjetivo, metáforas, o cacete a quatro.

Mas, e os nomes? 

Um desastre só. O tormento estava só começando. Fomos chamadas de psiu por quase um mês, já que a certeza de que seríamos “um meninão” perdurara por longos oito meses. Aí, o problema foi achar dois nomes de meninas. Engraçado que meu pai queria Daniel, mas nenhuma de nós virou Daniela.

De Mara, minha gêmea virou Gina, homenagem à Gina Lolobrígida, que ela repetiria por anos a fio, incluindo o sobrenome artístico ao lhe perguntarem seu nome completo. Eu?  Virei Vany, com Y.  Para finalizar mais bonito, não ficar com cara de que passaram a faca no nome, e acho que porque já havia o Y no nome da Lyane, a mais velha, vai saber. Agora, o porquê de Vany é outra história...  

Apesar da judia lá em casa ser mamãe, o lado econômico suíço de meu pai falou alto. A intenção inicial era me chamar de Vanessa, nome de uma boneca de louça que minha mãe havia ganhado já adulta de um tio que a tinha como predileta, cujo apelido era Vany. “Vamos acabar chamando-a de Vany, mesmo, então, põe Vany logo”.  Triste, vocês vão achar, né? Eu achei – não é chique, não tem sonoridade, todo mundo sempre quer enfiar um  i (I) na frente ou um erre (R) no final, para deixar o nome ainda pior do que já é. E ainda, começa com a letra vê (V), uma das últimas do alfabeto – um saco para chamadas.   Mas, no final das contas, quem sofreu mais foi  a Gina.  Acredite, pura verdade.

O estrago só foi percebido quando já era tarde demais e todos os anos é a mesma piada – sempre no dia 27 de junho. Até hoje, meu pai fica puto comigo quando eu a sacaneio com alguma coisa!  Vem o tradicional “parabéns a você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida”... Viva Vany... 
Viva Ginaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!  

(Este texto, que abre o livro-verdade - de contos da verdadeira Vany, poderia ter sido publicado no último dia 27 de junho, data do nascimento das gêmeas. Mas é uma homenagem a outra aniversariante, de hoje, D. Nízia Studart Sombra, que durante anos, no Rio, minha "terra Natal de coração",  foi uma segunda mãe para mim. Ela não está mais entre nós, mas a homenagem fica assim mesmo, porque nosso amor mútuo vai além de tudo. Um viva, para a minha ex-"Sogrinha Kellogs-Sabor-que-alimenta"! Hora destas, a história deste codinome entra aqui tb   

quinta-feira, 7 de julho de 2011

QuatroxUM: Martha Gabriel, KakaMachine, Perestroika e Porto Alegre. O que tudo isso tem a ver...comigo

A musa Martha Gabriel vem por toda uma comissão de frente, bateria, enredo de primeira, alas impecáveis – basta checar o que esperar no PDF do curso – e alegorias complementares. E, para fechar, um Happy Hour exclusivo, com Perestroika. Tudo isso com o inestimável apoio da DMI, Altos Eventos, CoWorking e Fajers. É o primeiro Curta4x1 de 2011, idealizado pelo Oscar Ferreira, a quem me associei não por acaso. Poderia ser melhor?

Admiração coletiva e a reunião de expertises específicas que, juntas, deram liga. Só isso pode explicar o parágrafo acima. Para criar interesse em desenvolver um trabalho conjunto, do nada, só havendo magnetismo, respeito, reconhecimento do que cada um sabe e pode fazer pelo outro – mutuamente - e dedicação conjunta no momento necessário.  

Marcar presença de forma positiva em Porto Alegre -  centro de excelência com os melhores índices de longevidade, educação e renda do Brasil, segundo o censo de 2000 - foi o que motivou a conexão entre os talentos Martha Gabriel e Oscar Ferreira e a deste com todos os demais parceiros nesta empreitada, inclusive eu. Associada a ele no Instituto QuatroxUM desde o mês passado, oficialmente coordenando as atividades de comunicação, mas, na verdade, como acontece em toda start up company, fazendo de tudo um pouco.

Como tudo o que tem sido quase regra neste admirável mundo das mídias sociais, tanto minha relação com Oscar Ferreira como a dele com Rodrigo Hurtado e sua equipe incrível (beijo para Milena Tavares), Fernanda e Mariana, da Altos Eventos e demais citados, a aproximação com a Martha Gabriel começou virtualmente.  

Máquina

Kaká Machine, assim conhecido por motivos óbvios, é jovem visionário de ideias disruptivas, avesso a adjetivos comuns ao mundo corporativo, rebelde com causa e sede de mudança revolucionária na forma de pensar e fazer o mundo. Fosse Martha Gabriel engenheira, pós-graduada em Marketing e mestre em Artes, quase um mito quando o assunto são conexões humanas, novas mídias e inteligência coletiva, interatividade social etc., nada seria empecilho para Kaká Machine. Por isso, convidá-la para seu Circuito4x1, único evento circulante do Brasil de caráter sócio-educacional, o que poderia ser um problema para muitos, para ele foi... simples.

Com o objetivo de incentivar um ambiente de desconstrução de pensamentos, teses e teorias em prol do pensamento criativo digital brasileiro e interativo para troca de idéias e experiências entre profissionais, o evento viria a acontecer em seis cidades em sua primeira edição, abrangendo áreas de marketing digital, comunicação, vídeo web, mobile, empreendedorismo e comércio eletrônico. Um encontro gratuito, democrático, aberto para diferentes públicos, mas com objetivos iguais.  Quando da edição do evento em São Paulo, em junho, Kaká não teve dúvidas ao incluir o nome da diva momento como palestrante. Aceito o convite, criou-se o relacionamento, que foi crescendo ao longo do tempo, especialmente depois do feito dele ter, sozinho, juntado mais de 2 mil pessoas com sua iniciativa desconstrutiva.

O instituto

Consolidado o evento, era hora de partir para o que seria seu maior sonho; montar o instituto de ensino que serviria como base para que o projeto de mudança compartilhado com outros colegas criasse forma e tornasse realidade diante da revolução informacional  pela qual o mundo passa, ele não tem dúvidas. “Não será o alto clero que irá desenvolver inovação ou espírito de criatividade dentro de uma empresa; talvez o espírito até seja influenciado, mas quando a massa cefálica tiver que funcionar, e as mãos a trabalhar é a base da pirâmide que terá que agir”, escreveu uma vez em seu perfil no Facebook.

Descontrução

Para quem “a criatividade é um combustível renovável e cujo estoque aumenta com o uso”, não é de se espantar que ele, com apenas 22 anos, seja exatamente uma máquina de descontruções e performances de deixar cair o queixo de pessoas como o jornalista e Doutor em Ciência da Informação, Carlos Nepomuceno, uma das 50 pessoas mais inovadoras do País, que, em prol de admiração mútua foi o primeiro profissional da área a apostar no sucesso da iniciativa do Instituto QuatroxUM. “Percebi que havia uma necessidade latente do mercado de estudos verticais sobre a influência das tecnologias digitais na vida do ser humano. 

A proposta da QuatroxUM é desenvolver eventos, cursos, grupos de estudos, desconferências e workshops por todo o Brasil, levando um pensamento inovador e questionador”, explica Oscar Ferreira.  “Oscar me pegou de jeito numa entrevista, a melhor que dei em muito tempo”, escreveu em seu blog, antes de ser trazido por duas ocasiões para aplicar em São Paulo seu Grupo de Estudos Estratégia 2.0: onde estamos, para onde vamos?, a primeira em junho e a última no dia 2 de julho, ambas com resultados bastante positivos, na opinião de Nepô. “Locais, pessoas, discussões tudo foi muito bom”, disse.  

E eu?

Como eu conheci Kaká?  Ele convidou-me para um café depois de acompanhar meus tweets e perceber que eu poderia reverberar suas ideias disruptivas – talvez ele seja em parte um Chaplin reencarnado, porque seu conhecimento sobre o ser humano vai além de leituras ou estudos. É poder intrínseco ao seu existir.  Comemos sal? Sim, estamos todos os dias enfrentando as adversidades de uma empresa em início de carreira, mas conscientes e respeitosos da dor e delícia do processo de cada um no que concerne às responsabilidades sobre o todo, especialmente em relação aos "nossos Danis", ambos do dia 18 de março – dá-lhe coincidência! #nadaaconteceporacaso

Porto Alegre

O evento envolverá um dia repleto de informação e conhecimento digital com formadores de opinião e professores do mercado.  Durante todo o dia, Martha Gabriel  dará, no auditório Talento Empreendedor, da FAJERS, o curso Marketing na Era Digital. E, das 19h às 22h, Oscar Ferreira, Tiago Mattos e Felipe Anghinoni, os dois últimos diretores de Whatever da Perestroika, serão os anfitriões de um debate no Curta 4x1 (evento pocket do Circuito 4x1), que acontecerá no espaço Nós Coworking. 

O Curta 4x1 é GRATUITO e o curso pode ser adquirido em até 10 vezes no cartão.  As informações sobre endereço, preços, conteúdo do curso, perfil dos convidados e formas de pagamento podem ser acessadas diretamente do hot-site criado para tal: www.curta4x1.com.br.  

Uma experiência para ficar na memória da cidade de Porto Alegre, depois que o próprio prefeito retwittou o evento, para os inscritos e para a história do instituto QuatroxUM, que passa a ter parte de sua origem balizada pela pluralidade de identidades que marcou o início da civilização de Porto Alegre. Bem ao estilo @kakamachine.