quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Um tiro ou dois?


Imagem: http://bit.ly/rjOAnw

Era Janeiro de 1994. Minha irmã gêmea – a Giiiiiiiiiiinaaaaaaa - morava na Flórida e eu já havia estado com ela mais de uma vez. Desta, porém, tinha levado mamãe para passar o reveillon.  De novo “na América” nunca fui para Nova York? Até então, mimadinha (confesso!) na maioria de minhas viagens ao exterior - tipo assim marido preparava tudo e eu só fazia entrar no avião”, precisava logo reverter isso. Sujeito de minha própria história, morava sozinha, fazia tudo sozinha; não era de bom tom ter isso em meu currículo de vida. Não de Vanyzinha. Meta:  comprar passagem de Orlando para “the city that never sleeps” ou trocar de nome (quebraria um galhão, mas, convenhamos, melhor viajar).    

Ótima promoção, passagem doméstica destas que se paga a ida, e a volta é praticamente de graça. Arranjei de ficar na casa de uma amiga de outra irmã (alguma vantagem de ter várias irmãs a gente tem que ter). E foi muito bom. Mas, claro, tem coisas que a gente, mesmo falando inglês, precisa de um tempo para assimilar a malemolência do “ser minhoca da terra”.   Que o diga a bendita mexerica, bergamota, tangeria e por aí vai...

Aconteceu quando fui a uma lanchonete tomar um café expresso. Um simples expresso. Saio do Rio de Janeiro, vendida para o mundo como uma das cidades mais violentas (ooooh!) – mesmo àquela época – e venho para NYC – a torre de Babel. Entro numa coffee shop para tomar um simples café, faço meu pedido para ouvir, da moça do caixa, na bucha: “One or two shots?”  

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