quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Por que as #SM (mídias sociais) não são gratuitas?


Por que, você não pode baixar este preço? São só uns posts por mês. O suficiente para gerar o SEO necessário para puxar o blog lá pra cima no Google.
Por que isso tudo para colocar lá, uns tweetzinhos por dia?
Por que esse custo todo também para postar no Facebook?
As mídias sociais não são gratuitas?

Pára a cena. A música cresce até um ápice enquanto a personagem se vira para a plateia. Perplexa, indaga ao público que - em sua maioria, analfabeto funcional - traduzirá ao pé da letra (Imploro seu perdão?).
"I beg your pardon?"
Quem lhe disse que as mídias sociais são gratuitas?
Quem lhe disse que o preço do meu trabalho deve sê-lo (assim, hifenado, com acento, e não selo, como tradução de stamp, aquele no qual a gente delicadamente desliza nossa língua para colar em algum álbum de figurinha, porque acho que nem mais os Correios utilizam esta raridade de outrora, quando as mídias sociais eram apenas o nossa voz, mãos e olhos (o corpo fala!), o telefone, o telex (quem se lembra?), o já aposentado fax, a própria carta, telegrama e outros produtos)?

Faz-se um silêncio desconcertante no recinto. Descontrolada, a personagem, PHD Master Degree em Social Media Total Regional and Local Management pela HardCambColumThunderStanFireRockChrome University, of Massachussets, Specialist em Nothing of Companies' Altruism , simplesmente pega seu pendrive da hora (isso não é jabá, achei, gostei e postei!) e diz ao seu interlocutor:
"Vocês não me merecem. Comprem uma ferramenta-robô e #$%¨&*."
E, simplesmente, sai.

Fecha o pano! A plateia se divide em sentimentos obtusos. Parte dela bate palmas, aclama de pé o final apoteótico, grita, "muito bom, é isso mesmo que se faz, tem que se valorizar, bravo, bis, bis!". Outros, riem uma risada descompassada; uns porque, nervosos, terão se visto na personagem indignada, outros, pela situação pela qual jamais passaram ou passarão; são de áreas diferentes.

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Nariz de cera à parte, a cena da pecinha fictícia serve para mostrar que muitos dos que vivem da prestação de serviços de Comunicação, mais e mais incorporada pelas mídias sociais, devem sempre pontuar com seus clientes potenciais que, mesmo virtualmente, este relacionamento demanda tanto planejamento quanto qualquer outro. Quer exemplos?


1) Um encontro com sua (seu) namorada (o) e, daí por diante, se você obtiver êxito. Da escolha da roupa, do tipo de perfume, da barba perfeita - e, no caso das moças, da maquiagem -, o hálito, passando pelo discurso (fundamental ter conteúdo e não apenas cara), é ter objetivos e metas. Acima de tudo, deve-se tomar cuidado para não sair colocando o pé pelas mãos e assustar seu parceiro (a) logo de cara. Existe todo um código de conduta, uma forma de se relacionar e como agir, dependendo se você quer apenas namorar para curtir ou se seu negócio é o altar. Ou você acha que a frase do futuro sogrão... "quais são suas intenções para com a minha filha" é só da boca pra fora? (foto: datingformentoday.com)

2) Se você quer mais uma dica para fazer o cliente entender por metáforas, use a das plantinhas que precisam de regas próprias para cada tipo. Tem gente que até música clássica põe, para elas crescerem fortes e bonitas. Então, o que se dirá de cada tipo de relacionamento, com cada tipo de tribo, em cada tipo de mídia social? (foto: entremaesefilhas.blig.ig.com.br)

Por fim, a cereja!

Tudo isso para reforçar meu post anterior - do modus operandi escolhido (e ainda não acabado!) para trocar o twitter @mosaicosocial para @maismosaico e para convidar você a ler o excelente artigo (que explica tim tim por tim tim os porquês, como etc.) da PamMoore. CEO e fundadora da FruitZoom Inc., ela se apresenta como meia-marketeira, meia-geek, fissurada em mídias sociais. Assim um pouco como quase todos nós, mordidos por este admirável mundo novo. O teor do post dela é de #RF, #RT! :D Divirtam-se.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

#Twitter: os bastidores da troca de avatar que, ao deixar todo mundo perplexo e pedindo explicações, tornou-se #case

O caminho poderia ser outro, mais simples até, quase instantâneo, como chegaram a sugerir em #DM alguns colegas que lidam com as mídias sociais há mais tempo que eu. Mas não seria honesto, muito menos justo com os #twigos de @mosaicosocial. A semana que passou – decidido o fato de que meu perfil no #twitter será mais profissional, devido aos objetivos traçados e a necessidade de focar mais nos compromissos assumidos para 2011 – causei um rebuliço ao pedir aos meus seguidores que me dessem unfollow, me tirassem das mais de 311 listas em que estava. Ao mesmo tempo, ia fazendo o mesmo com meus queridos seguidos, não sem antes convidá-los em mensagens abertas, algumas fechadas, para me seguir no @maismosaico, o avatar corporativo.

Me sentia diante de um novo “case” pessoal de mídias sociais e um ótimo exercício para pôr em prática o que venho estudando, lendo apreendendo nos últimos dois anos. Afinal, quem não garante que dia destes uma marca venha a precisar deste mesmo expediente?

Se eu estivesse migrando de avatares de mesmo objetivo, valeria a dica do próprio #twitter, de criar um terceiro avatar para fazer a migração de seguidores e seguidos e depois matá-lo. Mas, no meu caso, seria promover uma espécie de “Escravos de Jó” que, no curtíssimo prazo, até poderia fazer minha marca, a @maismosaico pular de 140 e poucos seguidores para mais de 2700, em pouco menos de duas horas. Mas... e depois? Em menos de uma semana, ela certamente não só perderia tudo por “falsidade ideológica” (forte, né?) como por apropriação indébita (melhor!) de um direito de seguir que não lhe pertencia. O avatar corporativo já existia, tinha pouco mais de 140 seguidores e seguidos – é muito novo e está tendo sua imagem construída. Já @mosaicosocial conquistou sua relevância, estava com sua imagem consolidada. Ainda que “uma figuraça”, “sapeka”, meus seguidores de fora e tantos daqui do Brasil, sabiam que podiam contar comigo, que meu lado mãe era forte, que eu poderia – abraçando uma causa e tendo tempo para tal – mergulhar de cabeça.

Como @mosaicosocial criei um relacionamento com cada um de meus #twigos, a maioria dos quais me relacionei chamando-os pelo nome, lembrando de fatos pessoais da vida de cada um que trocou comigo. Sem ter nada anotado. A isso se dá o nome de relacionamento em rede. Seja como for, não foi uma decisão fácil e nem o que se seguiu a ela, já que tornou-se uma verdadeira operação, com estratégia, ações táticas etc.. A seguir, divido com quem passe pelo mesmo dilema, o que eu fiz.

1. Aviso prévio: começar a fazê-lo é importante e nestas horas usar e abusar das ferramentas de agendamento de twitter pode ser uma boa sacada (só usei nesta ocasião e, claro para receber novos seguidores)

2. Colocar um avatar diferente e mudar a mensagem de perfil: Havendo curiosidade do leitor, ele checa o que está acontecendo dando um pulinho no seu perfil, eventualmente pegando carona numa conversa aberta que você possa ter tido com algum #twigo

3. Revogar acesso aos aplicativos: estando no settings, aproveite e vá em conexões para deixar funcionando apenas os aplicativos imprescindíveis até o final da utilização do avatar.

4. Comece a migração pelos seguidores. Em #DM, informe sobre a mudança e peça para unfollow e tb das listas, e que você adotará um perfil diferenciado. Dependendo do seguidor, você explica mais ou menos de acordo com o interesse em tê-lo como seguidor no outro avatar ou não. Se ele já te segue lá, não vai gastar tempo à toa. Fique apenas com a primeira parte. Se você esquecer, peça desculpas em aberto. Afinal, ainda que você tenha Memória de elefante, tendo mais de 2700 seguidores, vai mesmo alguém ficar de fora. #fato Esta retirada das listas é importante para o caso de você querer colocar o nome à disposição de outrem. No caso do nome @mosaicosocial – existe uma ONG com este nome. Até que eu possa oferecer este nome a ela, é primordial que todos os seguidores me tirem das atuais listas. Coisas de SEO.

5. Unfollow os seguidores: à medida que você avisa seus seguidores que será outro avatar e o convida para lá, vá dando unfollow nele também. Este é um processo demorado, mas é a única forma de garantir que ele receberá sua mensagem e entenderá o recado. Porque ele deve ter um serviço de aviso e vai dar unfollow também, mais dia, menos dia, e, se quiser saber o motivo, aí, sim, pode ser que ele vá ler a mensagem (isso se o seguidor tiver mais de 40 mil seguidos).

6. Por último, unfollow os seguidos: aí fica mais fácil porque existem ferramentas como o Friend or Follow ou o TwUnfollow e ainda o Unfollow Finder, entre mil outras, em que é possível parar de seguir até 100 avatares de uma só vez. Com as mensagens em aberto a cada três/quatro horas sobre a mudança, avatar e perfil trocados, as pessoas vão entender. E sempre dá para você, ao entrar no #twitter, explicar eventualmente os motivos você mesma.

7. Hora do adeus: Parou de seguir todo mundo? Ainda que você tenha muitos seguidores, hora de dar tchau. Como nem todos deixaram de seguir, não deu para matar o @mosaicosocial.

Claro que o trabalho continua, porque tudo isso eu fiz sozinha em uma semana. Minha caixa de mensagens de twitter tem mais de 200 DM, resultados deste processo. De 140 e poucos seguidores, por causa deste processo, o @maismosaico subiu para 600. Quanto à @mosaicosocial, perdeu apenas 200 e pouco – talvez os mesmos cujas mensagens estão lá, em DM. Não sei o que meus colegas de mídias sociais vão dizer. Eu considero o resultado #bomdemais – porque a galera que migrou é muito bacana e entendeu que minha mudança não tem conotações pessoais. Brinquei muito, me diverti demais, fiz muitos #twigos, mas preciso focar. Quando as coisas ficarem menos punks, quem sabe eu possa voltar a brincar novamente, mas agora, preciso muito da ajuda e compreensão de todos meus #twigos. Muito obrigada a todos pelo tempo delicioso em que #twittei como @mosaicosocial. Em #DM, estarei à disposição para um olá ou outro. Mas, em aberto... a conversa será #profissional!

#beijonocoração de cada um de vocês.