quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"Colar": arte para poucos...


... ou apenas #necasdepitibiriba!

http://bit.ly/nQFLgr
Sempre fui CDF; tanto que, até na faculdade de jornalismo, acabei oradora da turma. Vou morrer achando que foi porque era ótima aluna, escrevia bem, tinha algum conhecimento, adquirido, em sua maior parte, lá mesmo, na faculdade. Se tiver sido por outro motivo, bom, xapralá...

Fato é que até um outro "causo", no qual o Pingelli Rosa tascou-me um 0,2 em uma prova de Física, na faculdade de Química da 
UFRJ, acho que minha única recuperação havia sido de Geografia, no “científico” (quem lembra da nomenclatura?). Injustiça; apenas porque respondi a uma prova de forma diferente da que queria a professora Rosalina – nome do qual jamais me esquecerei (há coisas para as quais, sim, dizemos jamais e há coisas que a gente nunca esquece além do primeiro sutiã).

Reação intempestiva imediata como a de 15/16 anos, de rasgar a prova na cara da 'psora', sair da classe batendo a porta da sala e ir fumar no banheiro (o ápice da ação mais rebelde da época, afinal estudava em colégio ser de freiras, fazer o que, né?) minha nota não poderia ser nada além de um vermelho 
(=sofrível) para “macular” meu boletim. Mas nem me lembro mesmo da matéria em cuja prova tentei colar.

Quem tem culpa no cartório parece carregar a "letra escarlate" antes ainda que lhe seja alcunhada em praça pública.  

Olha a situação: provavelmente, eu me contorcendo para tentar ler alguma coisa daqueles hieróglifos, escritos em corpo 4 (o menor apresentado por qualquer editor de texto que se preze é 6 – mas estávamos na era ainda antes da pré-história informática, cola se escrevia na munheca) daquele maldito texto que pudesse me ajudar nas respostas da prova para a qual não tinha estudado #necasdepitibiriba. De repente, escuto em forte brado: “Vaaanyyyyyyyyy!”  

Nem sem o que ele queria. Poderia ser qualquer coisa, mas e eu lá, dei-lhe o direito da dúvida?  “Não tô colando não, ‘fessor’.”  

“Ótimo saber disso, mocinha. Então, aproveita e muda de lugar. Vai lá pra frente, que eu acompanho sua prova com mais carinho, tá bom?”