quinta-feira, 12 de julho de 2012

Folha de S. Paulo vai sediar 1o Encontro dos hackshackers no Brasil

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Depois da realização, em junho, do primeiro hackathon, ou maratona envolvendo programadores e jornalistas, iniciativa do jornal O Estado de São Paulo em conjunto com a Casa Digital, em São Paulo, agora é a vez do jornal Folha de S. Paulo reunir estes mesmos profissionais para discutir e desenvolver ações de jornalismo de dados.  
O lançamento do primeiro capítulo Hackhackers SP  foi anunciado esta manhã do dia 12 de julho, durante a palestra Jornalismo de Dados do 7º Congresso Internacional da Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, pelo jornalista e membro do Centro Internacional para Jornalistas – ICFJ, Gustavo Faleiros.
O anúncio confirma senão uma tendência, pelo menos uma forte intenção das empresas jornalísticas focadas em criar uma cultura voltada ao jornalismo de dados. Além de jornalistas, são esperados programadores, analistas de sistemas, designers e outros profissionais interessados na relação entre o jornalismo e a tecnologia para formar grupos de trabalho que visem a apresentar ideias em cima do mapeamento digital, HTML5, web scraping (= traduzido como sendo a raspagem dos dados coletados em bases de dados disponíveis na web) e até aplicativos para celulares. O evento, cujas informações estão sendo discutidas neste MeetUp, vai acontecer no próximo dia 16 de julho, de 19 às 22h, no auditório do 9º andar do prédio da Folha de S. Paulo, em São Paulo.

Presente

Um dos organizadores do evento, Gustavo Faleiros é apaixonado por geolocalização e, neste momento, realiza um projeto de jornalismo de dados voltado para as eleições com o Grupo Eco e a Folha de S.Paulo. Durante sua exposição, proferida no #congressoabraji ele falou sobre sua atuação na área: "Usamos mapas para tudo e cada vez mais. Como 95% dos dados disponíveis pelos governos dispõem de algum dado geográfico, é inevitável que venhamos a usar a  geolocalização para encontrar informações que podem virar matérias incríveis." 
Para ele, ainda que o jornalismo caminhe nesta direção, "as estórias vêm em primeiro lugar e esse é o propósito do jornalismo, que não deve abrir mão deste princípio básico". Para ele o público tem interesse em dados e quer contribuir, independentemente dos imensos desafios tecnológicos e da complexidade dos trabalhos. "Sem dúvida este é o nosso presente.”, concluiu.