terça-feira, 16 de abril de 2013

Mundo online: um por todos e todos pela vitória


Não existem fronteiras quando o assunto é o desenvolvimento de estratégias de comunicação e negócios no ambiente social. Na verdade, a vibe que o Brasil vive - com as dificuldades em encontrar a fórmula ideal de entrar e se dar bem no mundo online, aumentando as vendas, mantendo os clientes engajados e falando bem da gente, da nossa marca, de nossos produtos - está na mesma frequência da dos países desenvolvidos. E nem mesmo outras distâncias - políticas, econômicas, de cultura, de língua, de ambiente - que talvez nos fizessem pensar que estejamos no jardim de infância do movimento social gerado pelo casamento da internet com a tecnologia - e que tornou a web um ambiente social engajado - fazem diferença quando o assunto é como sobreviver no mundo online.
Hoje, como uma das 1300 pessoas inscritas num webinário gratuito, promovido por um dos grupos a quem sigo, recomendo e do qual tiro vários ensinamentos, o Social Media Today, pude fazer mais tranquila esta constatação, que, acredito, pode ser um alento a empresários e colegas que me questionam a respeito, com medo de perder o bonde da história. O que escrevo a seguir vale como suíte do último post - no qual resumi a entrevista concedida pela Martha Gabriel, por conta de sua participação no Congresso Mega Brasil de Comunicação 2013, que acontece na semana que vem, aqui em São Paulo.  
O desafio do painel Social Marketing & The Resourcing Challenge: Outsourcing vs. In-House foi discutir se o Marketing Social deve ser terceirizado, contratando-se agências especializadas, ou se a fórmula é usar e abusar do time interno, que certamente está cheio de talentos. Patrocinado pela #Oracle e moderado pela fundadora e membro do conselho do Social MediaToday, Maggie Fox, foi um papo de uma hora com o colunista da Forbes, autor e conselheiro empresarial Mikal E. Belicove, e com os executivos de agências Rob Key (CEO da Converseon) e Chris Vaughn (Diretor de Marketing da DigitalSherpa).
O que eles falaram serviu como luva para ratificar o pensamento que a Martha Gabriel vai levar ao #congresso4em1.  Independentemente da briga de egos que rola nos bastidores deste cenário corporativo, montar equipes multidisciplinares trabalhando em conjunto para transformar toda a nova comunicação e o engajamento advindo dela em leads de venda e em fidelização de marca, como consequência de um trabalho bem feito - esse parece ser o maior desafio que deveremos enfrentar se quisermos virar a página e seguir em frente nesta nova ordem mundial de se fazer negócios e sobreviver. Nós aqui e o mundo lá fora. 
Ainda que ao final deste post, eu cite os tweets divulgados pelos próprios participantes durante o evento, a conclusão é que ninguém sabe mais sobre seu próprio  negócio do que o time interno de marketing - que deve envolver internamente outras competências (leia-se a turma da Assessoria de Imprensa, do RH, de Vendas etc.) para essa comunicação dar certo (ai, ai, ai) - conforme disse Mikal Belicove.  Por outro lado, como bem pontuado pelo Rob Key, como falta maturidade nas empresas, é justamente nas agências que o cliente vai encontrar os consultores e especialistas que farão a ponte entre seus objetivos (como empresa/marca) e o como lidar com toda a gama social de relacionamento que o Marketing Social envolve. "É muito trabalho para o time interno lidar sozinho se o objetivo é drive the change (gerar a mudança)", disse.  Por fim, ainda que as universidades se atualizem para formar especialistas, isso não é algo que vai acontecer de um dia para outro, levantou Chris Vaughn.  
O melhor a se fazer, então, é ter todo mundo jogando em time como em final de campeonato - ainda que cada um seja de uma bandeira específica da Comunicação ou da área interna da empresa envolvida no jogo.  De uma coisa ninguém discordou:  conteúdo educacional de qualidade,  que eduque ouvintes, leitores, participantes sobre seu mercado para proporcionar a melhor experiência cliente/marca, isso é a pedra filosofal do processo de comunicação engajada.   A seguir, o webinário pelos próprios protagonistas:
@Belicove Truly understanding brands and their goals is often harder than creating content #smtlive@Belicove The best clients are ones who realize they have a digital presence and want to know how to use it well #smtlive
@digitalsherpas the less esoteric agencies are, the more customers will trust them to create content #smtlive
@digitalsherpas consultancies and agencies should share their best practices #smtlive
@robkey Sometimes the world's best experts live in agencies and consultancies #smtlive
@robkey lot of science and plumbing to social intelligence, but still finding stories is still art
@Belicove Good content creation needs a willing partner in clients. Much easier to edit than create. 
@robkey External forces are often still needed to drive change 
@Belicove someone in-house is likely to have more passion for your brand than I ever will 
@Belicove I truly believe I'm doing my job correctly when clients start moving in-house 
@digitalsherpas "engagement" is overused. the goal should be "conversion"
@digitalsherpas small biz expects (and deserves) content marketing expertise 
@robkey social can often technically be easy, but culturally difficult 
@robkey 4 stages to social for business: ad hoc, stovepipe, enterprise, enablement (when social becomes oxygen)
@robkey Future is about orgs doing much of the heavy lifting themselves
 @Belicove There are 5 "P"s to marketing--participation



segunda-feira, 15 de abril de 2013

O mundo online não é mais "wannabe", mas "must" para as empresas. E o tempo não pára


Já parou pra pensar que o que o Brasil esbanja em criatividade, peca em inovação?  Falta disciplina e processos, ainda que não exista uma receita certa para conseguir ser inovador. E, de acordo com Martha Gabriel, uma das profissionais mais conceituadas em Marketing no mundo online, ainda são poucas as empresas (normalmente as grandes) que têm desenvolvido processos de fomento à inovação incorporados ao seu DNA. Mas ela acredita que da mesma forma que tivemos a era da "Qualidade Total" no final do século passado, que disseminou a qualidade nas empresas, nos próximos anos o mesmo processo vai acontecer em relação à inovação nas empresas.  Até que isso aconteça, ela busca enfatizar o quão importante é a vida no mundo digital. "Em alguns anos não será possível sobreviver sem o digital da mesma forma que não é possível sobreviver hoje sem eletricidade. O ON e o OFF co-existem e dialogam o tempo todo. As empresas que permanecerem apenas no off-line estarão limitadas e mancas, conforme as pessoas comecem a usar o online como parte inseparável de suas vidas."  

Martha Gabriel já esteve neste blog e continua sendo um dos posts mais lidos deste espaço eclético, que fala sobre o mundo web, a tecnologia, a comunicação e outras cositas más, vai palestrar pela primeira vez durante o Congresso Mega Brasil de Comunicação, que, pela 16a vez acontece em São Paulo, tendo, como palco, o Centro de Convenções  Rebouças.  Será no dia 24 de abril, das 17h às 18h10. Sua responsabilidade será falar sobre Inovação e Crowdsourcing, duas tendências sem volta do mercado em geral e que  já são realidade no Brasil.  

Portanto, não importa se a empresa é pequena, média ou grande, a presença digital não pode mais ser encarada como wanna be, mas um must, sem a qual não vai sobreviver.  "Por ser um assunto ainda novo e que muda o tempo todo, o digital acrescenta complexidade ao ambiente e ao marketing. No entanto, a existência e sucesso das empresas depende cada vez mais de sua atuação simultânea e integrada entre as plataformas online e off-line." E a areia da ampulheta está quase  acabando.  

Time multidisciplinar

A sugestão de Martha para que a entrada das empresas neste mundo seja bem-sucedida é trabalhar com profissionais multidisciplinares, com maior colaboração e integração de áreas. "Se bem planejada, a comunicação incluindo o ambiente digital pode trazer uma relação custo/benefício muito melhor do que a utilização apenas das mídias tradicionais', disse. O melhor dos mundos é ter agências especializadas no operacional (monitoramento em mídias sociais, design e desenvolvimento de peças digitais, etc.) e o time interno de comunicação de marketing na função estratégica para fazer o planejamento e determinar as táticas e gerir o conteúdo, que depende do posicionamento, da estratégia, da missão, da visão e dos valores da empresa. "Isso não deveria ser delegado a terceiros", concluiu.